sexta-feira, 25 de abril de 2008

Humanidade esteve à beira da extinção, segundo paleontólogos

da France Presse, em Washington

A humanidade esteve à beira da extinção há cerca de 70 mil anos, após condições climáticas extremas, revela um estudo publicado nesta quinta-feira (24) por uma equipe de paleontólogos.

"Quem iria pensar que há apenas 70 mil anos um clima extremo reduziria nossa população a um número ínfimo, nos deixando à beira da extinção", destaca Meave Leakey, professor de paleontologia da Universidade Stony Brook, de Nova York.

Estudos precedentes já tinham revelado que a população humana, que hoje registra 6,6 bilhões, chegou a ter dois mil indivíduos há 70 mil anos.

O leste da África sofreu uma série de secas severas entre 135 mil e 90 mil anos atrás, que contribuiu para dispersar a população humana em pequenos grupos, que se desenvolveram isoladamente, explicaram Doron Behar, do centro médico Rambam, em Haifa (Israel), e Saharon Rosset, do centro de pesquisas da IBM em Yorktown Heights (Nova York), os principais autores do estudo.

Apenas há 40 mil anos que todos os grupos humanos se tornaram parte integral de uma só população pan-africana, reunidos após 100 mil anos de separação, destacam os pesquisadores.

"Este estudo ilustra o extraordinário poder da genética para revelar certos eventos fundamentais da história da espécie humana", assinalou Spencer Wells, da National Geographic Society.

"Trata-se certamente da epopéia humana escrita no nosso DNA, que nos mostra pequenos grupos formados pelos primeiros humanos, separados por condições climáticas muito severas, antes de se reagruparem, após seu quase desaparecimento da Terra, para povoar o mundo".

Depois deste período sombrio, a raça humana experimentou uma forte expansão, que a levou a ocupar numerosas regiões do continente africano e a emigrar para fora da África para povoar outros continentes, por volta de há 60 mil anos.

O estudo, publicado no American Journal of Human Genetics, analisou o DNA de populações do sul e leste da África.

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