O país registrou 2,4 mil casos em 2010, revela ONG
ROMA, ITA (ANSA) - A Itália registra o maior número de vítimas de tráfico e exploração de pessoas da toda a Europa, revela o relatório "Os Pequenos Escravos Invisíveis" produzindo pela ONG internacional Save The Children.
Em 2010 a Itália registrou 2,4 mil casos deste tipo de vítima, mostrando um grande aumento quando comparados com o ano de 2008 na qual foram registrados mais 1,6 mil casos, revela o documento.
Na Europa em 2010 foram contabilizados mais de 9,5 mil casos da qual 15% menores, com um aumento de 18% no período de 2008 a 2010, mostra o relatório. Segundo a ONG, as principais formas de exploração são a sexual, seguida pela de trabalho e atividades ilegais. Calcula-se que no mundo existam 20,9 milhões de vítimas de trabalho forçado.
O documento também revela que os principais países de origem destas pessoas são a Romênia, Bulgária, Nigéria e China.
A ONG destaca que na Itália os mais veneráveis são os menores estrangeiros que chegam sozinhos, sem adultos, muitos deles do Egito e Nigéria.
As menores que são exploradas sexualmente permanecem invisíveis, as autoridades não conseguem identificá-las, por causa da grande mobilidade no território, também porque são transferidas de residências para locais fechados e geralmente a noite, ou porque possuem documentos falsos que aumentam sua idade.
As garotas exploradas têm entre 16 a 18 anos e são provenientes na sua maioria da Nigéria e da Romênia, mas também de outros países, inclusive do Brasil.
A ONG revela que existe também a exploração sexual de garotos, apesar de ser em menor número, no caso da Itália foi registrado mais na região sul e no centro do país.
O relatório da Save The Children foi divulgado um dia antes do Dia Internacional de Lembrança do Tráfico de Escravos e sua Abolição criado pelas Nações Unidas (ONU) que se comemora amanhã.
O Reporter.com
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