A crise económica, com dificuldades nas famílias e instabilidade entre os professores, leva à diminuição do acompanhamento dos jovens podendo contribuir para o aumento da ocorrência de situações de «bullying».
«Algumas crianças estão a ter um menor acompanhamento da parte dos pais, que estão a monitorizar menos o que se passa; da parte dos professores, a instabilidde das políticas também está a afetar a relação [com os alunos] e poderão vir a desenvolver-se maiores níveis de ocorrência destes tipos de comportamento», referiu à agência Lusa Susana Carvalhosa, investigadora do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE).
Susana Carvalhosa participa nesta terça-feira nos Seminários Mundos Juvenis, organizados pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, com o tema «Um por Todos e Todos por Um! Prevenção dobullying entre jovens».
Em Portugal, «estão envolvidos em situações de bullying um em cada cinco» crianças e adolescentes, a partir dos 12 anos, e estão reportados exemplos deste comportamento a partir do 1º ciclo, o que «não era muito comum», apontou.
Questionada sobre as consequências da crise económica no bullying, comportamento agressivo entre pares (no mesmo grupo etário), Susana Carvalhosa disse que, «se têm menos apoio por parte dos pais e dos professores, as relações que vão desenvolver com os outros [pares] também serão afetadas».
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