Com o debate do tema do bullying aumentando na mídia e as campanhas nacionais de incentivo a denúncia, o que vemos é que qualquer briga normal e infantil dentro de uma escola ganha uma notoriedade imensa e os pais já vem com a defesa certa: “Meu filho sofreu bullying”.
Mas muitos especialistas afirmam que nem tudo que acontece na escola pode ser considerado como bullying. No ambiente escolar qualquer conflito considerado bullying é tão prejudicial quanto achar que nada que acontece é um ato de violência física ou psicológica, para José Ernesto Bologna, psicólogo de São Paulo.
A pesquisadora e autora do livro Reclaming Childhood: Freedom and Play in na Age of Fear (Reivindicando a infância: liberdade e brincadeira em uma era de medo) diz que estamos construindo uma indústria do bullying. Ainda mais em um tempo em que os pais estão pecando por excesso de proteção a seus filhos e impedindo-os de ter contato com o mundo real. Um mundo onde as relações humanas são instáveis e é necessário estar apto para solucionar seus problemas sozinhos.
Essa proteção encontrada no bullying, pode levar a criança a ter sérios problemas de desenvolvimento escolar e na própria sociedade, afirma a pesquisadora. A interferência dos adultos pode prejudicar o amadurecimento da criança e sua capacidade de lidar com situações adversas. Características necessárias para viver em sociedade e até mesmo fortalecer relações amorosas e de trabalho.
Violência física também é bullying
O bullying é uma palavra utilizada para classificar atos de violência física ou psicológica, que geralmente acontecem em escolas e se tornam repetitivas e prejudiciais ao individuo que as sofre. Estudos mostram que 20% das pessoas que praticam o bullying, já sofrem com piadas ou agressões físicas antes.
A criança que sofre bullying fica agressiva e não desenvolve relacionamento de amizade com outras crianças. Podendo influenciar seus desempenho acadêmico, como afirmam alguns especialistas da área da educação. A maioria dos casos de bullying são psicológicos, com piadas e apelidos entre os colegas. Mas há também os casos agressões e abusos físicos, que vão muito além de brigas de corredor.
Fonte: Noticias br.
Nenhum comentário:
Postar um comentário