segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Consumo de maconha, cocaína e crack em escolas cresceu 13% este ano


O tempo em sala de aula não se limita mais ao ensinamento de disciplinas básicas. Entre uma matéria e outra, as escolas do Distrito Federal precisam se desdobrar para serem mais um agente no combate às drogas, dentro e fora dos muros da instituição. Com poucos recursos, professores e diretores presenciam diariamente o envolvimento de estudantes com o uso e até com o tráfico de entorpecentes, um caminho que não raras vezes termina em prisão ou morte. Ainda que as estatísticas não descrevam por completo a realidade do ambiente de ensino, elas indicam a proximidade crescente entre esse submundo e os alunos. Cenário que vem se tornando comum, tanto na rede pública quanto na particular.

A invasão das drogas nas instituições de ensino é tema de uma série de reportagens que o Correio publica a partir de hoje. Levantamento feito pela Secretaria de Segurança Pública a pedido do jornal revela que, de janeiro a julho deste ano, cresceu 13% a quantidade de ocorrências relacionadas ao uso de substâncias ilícitas em um raio de até 100 metros das 1.095 unidades educacionais distribuídas na capital brasileira (veja arte). Em 2012, a polícia já flagrou 661 pessoas consumindo maconha, cocaína ou crack nas imediações ou dentro de escolas. São seis casos por dia letivo — devido à greve, de janeiro a julho foram 105 dias com aulas —, fora o consumo que passa despercebido das autoridades. A cidade que mais concentra o delito é Ceilândia, com 75 ocorrências.


Publicação: 02/09/2012

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