segunda-feira, 12 de março de 2012

Marido HIV positivo agride e estupra a mulher


Uma pesquisadora gaúcha de 49 anos denunciou o marido à polícia por agressão e estupro, no início da manhã de ontem, na Serra. O acusado, um estoquista de 25 anos, que é portador do vírus da Aids, teria agredido a mulher e a obrigado a fazer sexo com ele, sem preservativo.

Os dois são casados há três anos, e a pesquisadora contou à reportagem que as agressões e estupros acontecem desde o início do relacionamento.

O homem, que acabou sendo preso, também é acusado de agredir os dois filhos da pesquisadora, de 13 e 17 anos.

A mulher disse que tomou a iniciativa de denunciá-lo após ter presenciado o companheiro agredindo os dois adolescentes. "Enquanto ele estava agredindo só a mim, tudo bem. Mas a gota dágua foi ele ter batido nos meus filhos", contou a vítima.
A mulher contou que sempre soube que o marido era portador do vírus da Aids e que, no início do relacionamento, exigia o uso do preservativo. Mas, há alguns meses, o rapaz vinha obrigando a mulher a manter relações sexuais sem preservativo.
A mulher e seu filho mais novo, que estava com uma lesão na orelha, foram submetidos a exames no Departamento Médico Legal (DML), em Vitória.

Em depoimento, o acusado negou que tenha obrigado a mulher a fazer sexo e agredido a companheira e os filhos dela. Ele afirmou também que as relações sexuais, sem preservativo, eram feitas com o consentimento da pesquisadora.

O estoquista foi preso em flagrante e autuado por violência doméstica e estupro no Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) da Serra. De lá, o estoquista foi levado para o Centro de Triagem de Viana (CTV).

"Eu sabia que ele (o estoquista) tinha Aids, mas no início ele usava preservativo. Agora, estava me obrigando a ter relações sem proteção e começou a usar de violência. Ele me batia e puxava meu cabelo até arrancar. Não me deixava mais sair para trabalhar, me prendia em casa. Sempre fiz exames, e acho que foi Deus que me protegeu, porque sempre dava negativo. Mas agora já faz dez meses que ele não me deixa fazer os exames. Tenho medo de estar infectada. Tenho certeza de que quando ele sair (da prisão), vai vir atrás de mim e dos meus filhos."

a gazeta

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