quarta-feira, 28 de abril de 2010

ONU promove sexualização precoce

Usando conceitos como "educação sexual abrangente", a ONU quer desestruturar a família. Leia o discurso de Sharon Slater, presidente da Family Watch International, proferido no encontro da Comissão de População de Desenvolvimento da ONU, no dia 15 de abril.

Sr. Presidente, Ilustres Delegados, gostaria de chamar a vossa atenção para alguns assuntos sérios relacionados com as deliberações que ocorrem na Comissão sobre População e Desenvolvimento. Para colocar isto em um contexto, preciso falar sobre o que aconteceu em deliberações da CPD no ano passado. No ano passado, no final das deliberações, uma frase foi proposta para o projeto de resolução do CPD convidando os governos a fornecerem "educação abrangente sobre sexualidade humana".
Nós estávamos muito preocupados porque este era um novo termo indefinido e um afastamento da linguagem tradicional da "educação sexual" utilizada nos últimos documentos de consenso da ONU. Nossas preocupações foram confirmadas, quando apenas alguns meses depois, a UNESCO, em colaboração com a UNICEF, o FNUAP, OMS e ONUSIDA, lançou uma cópia de esboço de seu novo Diretrizes Internacionais sobre Educação Sexual Abrangente.

Estas diretrizes extremamente controversas foram criadas para levar a educação sexual para todo o mundo e promover um tema de prazer sexual que temos encontrado em um número de guias de educação sexual publicados pela ONU. Estas Diretrizes da UNESCO originais sugerem ensinar crianças de cinco anos que eles podem tocar partes de seu corpo para obter prazer sexual e ensinar a crianças de nove anos a definição e função do orgasmo, e encorajar educadores sexuais a ensinar às crianças que "Tanto homens como mulheres podem dar e receber prazer sexual com um parceiro do... mesmo sexo".

Desde então, a UNESCO revisou suas diretrizes de sexualidade originais, moderando-as um pouco. No entanto, ao ler sua versão original, vocês podem ver que cinco agências da ONU estavam originalmente planejando promovê-las às crianças sob à guisa de "educação abrangente sobre a sexualidade humana", antes de um certo número de Estados Membros da ONU reclamar.
Em 2002, na Cúpula Mundial para as Crianças, nós expusemos um manual publicado pela ONU para crianças, distribuído no México, que tinha uma página sobre como obter prazer sexual, incluindo com uma pessoa do mesmo sexo, com um animal, com um objeto inanimado ou com uma pessoa sem o seu consentimento.

E se vocês não estão preocupados ainda, deixe-me dizer a vocês o que aconteceu na 54º sessão da Comissão sobre o Status da Mulher deste ano. Em um evento paralelo colocado pela Girl Scouts em parceria com a UNICEF, eu peguei este livreto, publicado pela International Planned Parenthood Federation, que é dirigido para jovens e que afirmam ensinar-lhes sobre os seus "direitos sexuais e reprodutivos". O livreto afirma que estes "direitos" são reconhecidos pelo mundo como "direitos humanos". Afirma que o livreto está "aqui para apoiar o seu prazer sexual". Ele diz que jovens podem fazer sexo em várias maneiras demasiadas gráficas para repetir em um fórum como este. É todo sobre prazer sexual através da masturbação, com pessoas do mesmo sexo e até mesmo embriagados com álcool.

Mas pior que isso, este livreto diz realmente a jovens infectados pelo HIV que leis que os obrigam a revelar o seu status com seus parceiros sexuais violam seus direitos humanos.

Isso não deve ser tolerado na ONU ou em qualquer outro lugar! Agora não. Nem nunca mais.
Em dezembro do ano passado, minha família adotou três irmãos órfãos com SIDA em Moçambique. Ambos seus pais tinham morrido de SIDA. Eu cuidei de seu irmão mais velho, enquanto ele sofria de uma forma horrível durante os últimos estágios da AIDS. Mesmo assim, materiais estão sendo distribuídos na ONU, incentivando os mesmos comportamentos que colocam o HIV pandêmico.

É ultrajante que este livreto "Saudável, Feliz e Hot" também foi distribuído para os jovens que participaram do evento paralelo à Organização das Nações Unidas, patrocinado por aqueles que a criaram.

É revoltante que as agências da ONU estão a promover programas de educação sexual que encorajam jovens a engajar prematuramente na atividade sexual para obter prazer sexual, mas é inconcebível que jovens infectados pelo HIV estão sendo incentivados a ter relações sexuais com qualquer um que eles quiserem, do jeito que quiserem, sem revelar o seu status.

O que estamos fazendo aqui?

Por que é que o projeto de documento a ser negociado agora tem inúmeras referências à sexualidade e direitos sexuais?

Por que é que os países em desenvolvimento estão sendo pressionados agora pelas nações desenvolvidas no mesmo documento a ser negociado nesta conferência para aceitar este tipo de "educação abrangente da sexualidade humana", que irá sexualizar prematuramente suas crianças e colocá-las em risco de morte, entre outras coisas, tudo sob o disfarce de educação sobre o HIV/AIDS e do empoderamento de mulheres e meninas?

Por que é que o mundo desenvolvido está tentando importar suas ideologias sexuais radicais sob a bandeira enganosa de "direitos sexuais" ou "saúde e direitos sexuais" ou "informações relativas à saúde sexual e direitos" ou "serviços e informações sobre saúde e direitos reprodutivos" ou qualquer uma das muitas e múltiplas referências carregadas no documento em um esforço deliberado para pressionar os países a aceitarem estas referências, às vezes até tarde da noite, sem interpretação em sua própria línguagem?

Por que é que a comunidade internacional não está respeitando os direitos soberanos e valores culturais e religiosos preconizados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e inúmeros outros documentos consensuais das Nações Unidas, para manter seus valores que sustentam a instituição da família?

Como é que a ONU se extraviou de sua finalidade original, e agora as deliberações em conferências como esta são obcecadas com discussões sobre sexualidade e direitos sexuais, questões que deveriam ser deixadas para as nações decidirem por si?

Por que é que a questão do aborto, também disfarçada sob vários termos eufemísticos, está sendo forçada nas nações em desenvolvimento contra a sua vontade? Como é que o termo "saúde reprodutiva" ou "serviços de saúde reprodutiva" ou "direitos reprodutivos" está sendo usado agora pelos governos com grandes bolsos para promover a legalização do aborto nos países que se opõem ao aborto, porque eles acreditam que este está tomando as vida de um ser humano?

Palavras relacionadas à reprodução e à saúde reprodutiva significam reprodução, ou seja, ter filhos, mas o termo tem sido deliberadamente manipulado por relatórios obscuros apresentados à ONU, materiais criados por agências da ONU e ONGs de mentalidade abortista (muitas que têm a lucrar com o aborto) e os governos de mente abortista que procuram reinterpretar ou desvirtuar qualquer linguagem relacionada à saúde reprodutiva para agora incluir o aborto, embora muitos dos Estados Membros da ONU negociando os documentos que contêm tais termos rejeitaram a inclusão do aborto como parte da saúde reprodutiva, quando estes documentos foram negociados.

Esta manipulação de agências da ONU, negociações da ONU e documentos finais, comitês da ONU interpretando os tratados das Nações Unidas, e linguagem comum nos documentos anteriores das Nações Unidas para promover direitos sexuais radicais e aborto contra a vontade ou, por vezes, sem o conhecimento ou compreensão completa ou consentimento dos estados membros da ONU, não devem ser tolerados e têm que parar.

Essa manipulação do sistema das Nações Unidas por indivíduos e organizações promovendo sua própria agenda sexual e não a agenda coletiva e unificada de todos os estados membros da ONU deve cessar. Toda essa investida por direitos sexuais mina a instituição da família, que a Declaração Universal dos Direitos Humanos claramente declara ser "o núcleo natural e fundamental da sociedade" que é "intitulada à proteção pela sociedade e pelo Estado".

Apelamos aos Estados-Membros das Nações Unidas, agências da ONU, ONGs e todas as entidades dentro do sistema das Nações Unidas a respeitar os direitos, valores culturais e religiosos de todos os Estados Membros da ONU em seu trabalho nas Nações Unidas e cessar a promoção do aborto e dos direitos sexuais através das Nações Unidas.

Obrigada.

Tradução: Júlio Lins

Fonte: Midia Sem Máscara. 

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