O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, está em Londres para divulgar a investidores o plano de investimentos em infraestrutura de cerca de R$ 40 bilhões do governo paulista.
A melhor parte do bolo? Prisões privatizadas. Pelo menos é o que opina o Financial Times, para quem, se o crescimento de economia brasileira “já não é tão rápido como costumava”, a construção de presídios permanece como uma “indústria em crescimento” no país.
O governo de São Paulo busca parceiros privados interessados em administrar três prisões com capacidade total para 10,5 mil detentos, em contratos no valor total de R$ 750 milhões.
De acordo com o FT, eles chamaram a atenção de multinacionais como a inglesa G4S, que gerencia seis prisões no Reino Unido e da Corrections Corporation of America, responsável outras 60 nos Estados Unidos. Ambas são listadas em bolsa e com faturamentos bilionários.
Segundo o raciocínio do jornal inglês, prisões serão um bom negócio no Brasil devido à falta de capacidade atual – dados do Ministério da Justiça apontam uma ocupação 178%, além da promessa de demanda futura.
O Brasil tem hoje a quarta maior população carcerária do mundo – atrás apenas dos Estados Unidos, China e Rússia – somando 550 mil detentos, um crescimento de 50% em cinco anos.
Maurício Renner // terça-feira, 29/01/2013
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