quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A Crise Atual do Capitalismo


Crise Atual do Capitalismo, A
Crise Atual do Capitalismo, ACapital Financeiro - Neoliberalismo e Globalização
Autores: ANTONIO JOSE AVELAS NUNES
Editora: Revista dos Tribunais
Páginas: 192
Ano de publicação: 2012



O autor começa por explicar como é que, a partir da contrarrevolução monetarista, se instalou por todo o mundo o império do capital financeiro, que impôs a livre circulação de capitais e a liberdade de criação de produtos financeiros, abrindo o caminho para a instalação do capitalismo de casino e entregando as famílias, as empresas e os estados nas mãos dos mercados, isto é, nas mãos dos especuladores, "a Aids da economia mundial".
Analisa em seguida como a supremacia do capital financeiro sobre o capital produtivo se traduziu na financeirização da economia, na deslocalização de empresas a partir dos países mais industrializados do mundo capitalista e na desindustrialização destes mesmos países, ao mesmo tempo que o capital financeiro descobriu um modo autônomo de obter lucros a curto prazo com base nas atividades especulativas, à custa da produção e do emprego.
Outra preocupação do autor é mostrar a contribuição da política de globalização neoliberal para o desencadear da crise financeira, que começou nos EU A e rapidamente se alastrou para outras partes do mundo, transformando-se rapidamente em crise económica, em crise fiscal e em crise social, nomeadamente na Europa. Mas a linha fundamental de explicação da crise liga-a às contradições do próprio sistema, que, reagindo contra a tendência para a baixa das taxas de lucro, agravou as condições de vida dos trabalhadores e potenciou a ocorrência de crises de realização da mais-valia (característica essencial das crises de sobreprodução do capitalismo).
É dada atenção especial às dificuldades da União Europeia em lidar com situações de crise, dado o enfeudamento das estruturas orgânicas e políticas às concepções neoliberais mais fundamentalistas. É feita uma análise mais fina da situação dos países europeus afetados pela chamada crise das dívidas soberanas.

A crise Atual do Capitalismo
pREFÁCIO
NOTA DO AUTOR
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS
1 O DOMÍNIO DO CAPITAL FINANCEIRO. CRÓNICA DE UMA CRISE ANUNCIADA
1.1    Da ‘revolução keynesiana’ ao neoliberalismo
1.2    O processo de globalização financeira: o “capitalismo de casino”
1.3    O império do capital financeiro
1.4    As crises financeiras sucedem-se
1.5    A ‘aids’ tomou conta da economia mundial
1.6    O capital financeiro descobre um modo autónomo de ganhar dinheiro
1.7    O reino dos hedge funds
1.8    Aceleração do processo de financeirização: a titularização de créditos
1.9    O carnaval acaba sempre em quarta-feira de cinzas
1.10  Uma crise anunciada, quase programada
1.11  A financeirização, a deslocalização de empresas industriais e a desindustrialização dos países capitalistas desenvolvidos.
2 A CRISE NA EUROPA: AS RESPONSABILIDADES DO NEOLIBERALISMO
2.1    E agora?
2.2    O neoliberalismo tem de sair de cena!
2.3    O capitalismo, “civilização das desigualdades”
2.4    A matriz neoliberal da construção europeia
2.5    Significado da adoção do euro como moeda na Eurozona
2.6    O estatuto ‘esquizofrénico’ do Banco Central Europeu
2.7    Estados, empresas e famílias estão todos nas mãos dos “mercados”
2.8    A UE não está preparada para enfrentar situações de crise
2.9    Sem crescimento, a crise é inevitável; sem crescimento não se sai da crise
2.10  A ‘estratégia exportadora’ da Alemanha
2.11  A ‘solução alemã’ gera défices comerciais nos seus parceiros da Eurozona
2.12  O beco sem saída das políticas de austeridade
3 PORTUGAL PERANTE A CRISE
3.1    A situação em Portugal
3.2    O Memorando de Entendimento com o grupo financeiro FMI-UE-BCE
3.3    O Memorando é um ultimato humilhante: cumpri-lo só agrava a situação
3.4    A UEM: “fracasso de uma fantasia”?
3.5    A hipótese do abandono do euro
3.6    O futuro imediato não parece fácil
4 A AMEAÇA GLOBAL DO IMPERIALISMO
4.1    A ameaça global do imperialismo
4.2    Os motores da globalização neoliberal podem ser parados: a tese de que não há alternativa é um embuste
4.3    O mercado não pode substituir a política
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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