Uma pessoa que está presa tem seis vezes mais chances de morrer do que uma pessoa fora das cadeias
Artigo publicado por Marcos Fuchs, advogado e diretor-adjunto da Conectas, no site do jornal Folha de São Paulo.
A morte de, ao menos, 55 pessoas em presídios de Manaus nesta segunda-feira (27) representa a fotografia mais trágica da bomba-relógio que é o sistema penitenciário brasileiro.
Trata-se de uma tragédia anunciada sobre a qual as autoridades públicas não podem alegar surpresa ou falta de aviso.
Há cerca de dois anos, relatório apresentado pelo MNPCT (Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura), órgão ligado ao Ministério da Justiça, já denunciava as condições precárias e o clima de tensão que prenunciavam o massacre que se concretizou em janeiro de 2017.
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