Acaba de ser criada no Espírito Santo a Associação de Mães Unidas das Unidades Socioeducativas (Amus). Com apoio da Pastoral do Menor, a Amus, que ainda falta ser registrada, foi criada com o objetivo de aconselhar adolescentes em conflito com a lei a abandonar a criminalidade e também a lutar pelos direitos dos jovens que se envolvem em atos infracionais.
Uma das líderes da Amus é a doméstica Eliana Lopes Bernardim Valadares. O filho dela de 16 anos está internado na Unidade de Internação Social (Unis) pela acusação de ter cometido um assalto, em Jardim da Penha. O jovem foi sentenciado a medidas socioeducativas em meio fechado.
“O trabalho da nossa associação é intervir sempre que surgirem denúncias de agressões, maus tratos e humilhações aos adolescentes que estão internados nas unidades do Estado. Nossa lutar é melhorarmos as condições das medidas socioeducativas, fazer com que os poderes públicos – governos estadual e municipais – cumprem o que determina o Estatuto da Criança e Adolescentes”, disse Eliana Valadares.
“Estaremos buscando que os jovens sejam tratados com dignidade. Queremos propagar que os adolescentes têm deveres no cumprimento de suas penas, mas também têm direito a ressocialização. Nossa meta é a de aconselharmos os jovens internados a buscar o caminho do bem, porque o crime não compensa”, completou a líder da Amus.
O filho de Eliana Valadares está internado desde o dia 9 de setembro do ano passado, quando saiu de casa, em São Pedro, para treinar futebol no Campo do Caxias, na avenida Maruípe, no bairro Itararé – o menino atuava como zagueiro. Entretanto, desviou seu caminho e foi parar em Jardim da Penha, onde participou de um assalto, ao lado de outros jovens:
“Para nós, foi uma surpresa nosso filho ter se envolvido com o crime. Nossa família é evangélica. O pai dele é pastor da Assembleia de Deus. Meu filho sempre foi criado no mundo religioso. Por isso, para mim, está difícil conviver com essa situação, mas, ao mesmo tempo, estou estimulada a aprender a lutar em favor desses adolescentes. Sei que meu filho e os demais meninos, pelo caráter deles, têm tudo para voltar ressocializados para suas famílias”, espera Eliana Valadares.
Assessoria de Comunicação do TJES
15 de Agosto de 2012
15 de Agosto de 2012
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