Depois de três anos desativado, o Laboratório de Hipnose Forense do Paraná foi reinaugurado hoje no Instituto de Criminalística, em Curitiba. De acordo com o coordenador, Rui Fernando Cruz Sampaio, esse é o único especializado nessa área na América Latina. O laboratório funcionou entre 1998 e 2008, período em que foi chamado para auxiliar em mais de 700 casos investigados pela polícia. "Pode ser mais uma arma no combate ao crime", elogiou o delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinicius Michelotto.
Segundo Sampaio, médico psiquiatra que atua há 33 anos com hipnose, no período em que esteve ativo, o laboratório ajudou a resolver vários casos antigos, alguns com cerca de 40 anos de paralisação. "Usamos somente em vítimas ou testemunhas", disse. "É um instrumento que levanta os indícios para a formação de provas." O médico acentuou que, entre os requisitos para o uso da hipnose, está o trauma psicológico, que leva a vítima ou testemunha a uma amnésia parcial ou total.
No retorno do serviço, Sampaio terá uma sala à prova de som. Ao lado foi montada uma sala espelhada que permite eventual acompanhamento por parte de autoridades e, no caso de crianças ou adolescentes, dos pais ou responsáveis. "Nas sessões é possível pegar minúcias do momento do crime e, muitas vezes, essas minúcias ajudam a resolver o caso", acentuou Sampaio.
O Diário do Norte do Paraná.
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