sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CARANDIRU

O episódio que ficou conhecido como “Massacre do Carandiru” – e se tornou a maior chacina da história do sistema penitenciário nacional – ocorreu no dia 02 de outubro de 1992. Começou com uma briga entre os presidiários do Pavilhão 9, da Casa de Detenção do Carandiru, zona norte de São Paulo, e terminou com 111 mortos após intervenção policial, determinada pelo Governo estadual da época.
A desavença, que teria sido provocada por um motivo banal (a disputa entre os presos por espaço no varal), tornou-se uma rebelião desprovida de caráter reivindicativo ou de fuga. Relatos afirmam que os presos já tinham começado a se render quando a Tropa de Choque da Polícia Militar, capitaneada pelo coronel Ubiratan Guimarães, invadiu o presídio.
A invasão, iniciada por voltas das 16 horas, durou sete horas e resultou em 111 mortos (103 vítimas de disparos e 8 feridos com objetos cortantes) e 153 feridos, sendo 130 deles detentos e 23 policiais. Muitos dos presidiários foram mortos dentro de suas celas, onde teriam se refugiado durante a invasão.
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Este trágico episódio repercutiu internacionalmente por conta a violência empregada, da quantidade de mortos e pela forma de atuação da Polícia, a qual não estava preparada para aquele tipo de ação. A chacina levou o Governo paulista a desativar a penitenciária, em setembro de 2002, e implodir alguns pavilhões, em dezembro do mesmo ano. Dois deles foram mantidos para preservar a memória do presídio.
No lugar do Carandiru, foi construído um parque público, o “Parque da Juventude”, com centros de cultura, lazer e de formação profissional.
Passados quase 20 anos do massacre, uma articulação de entidades da sociedade civil e outros movimentos está organizando um ato a ser realizado no dia 02.10.11, para promover a responsabilização do Poder Público e o debate sobre o tema da segurança pública e da cidadania. Para mais informações: clique aqui.

IBCCRIM. (Érica Akie Hashimoto)

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