domingo, 18 de março de 2012

Cadeia para o dicionário!


Membros do Ministério Público – ô, raça! – querem tirar o dicionário Houaiss de circulação pelo “caráter discriminatório e preconceituoso” de algumas definições descritas como de ‘uso pejorativo’ no verbete ‘cigano’ (aquele que trapaceia; velhaco, burlador). Pela lógica politicamente correta da Justiça, cabem dezenas de outras ações “por dano moral coletivo” na obra do filólogo. 
Por exemplo:
Judeu – “Pessoa usurária, avarenta”;
Paulista – “Que ou o que é teimoso, birrento, turrão; muito desconfiado”;
Paraíba – “Mulher de aspecto e comportamento masculinos; lésbica; operário não qualificado da construção civil; qualquer nordestino”;
Baiano – “Indivíduo originário ou habitante de qualquer dos estados brasileiros, excetuando-se a região Sul; nortista”;
Crioléu – “Reunião, ou baile popular, frequentada predominantemente por crioulos”;
Louraça – “Mulher que comercializa o próprio corpo, mulher de vida fácil; prostituta”;
Mulato – “Sonso”
Turco – “Ambulante que vende a prestações”;
Polaca – “Mulher da vida, meretriz”;

Tutty Humor. Estadão. 29.02.2012.

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