Problema aconteceu em Cariacica e direção diz que caso foi encerrado.
Página na internet continha ofensas a alunos da escola.
Familiares de vítimas de bullying em uma rede social na internet se uniram para combater o problema vivido por alunos da escola municipal Estédila Dias, que fica no bairro Campo Grande, em Cariacica, Espírito Santo. Ofensas e xingamentos viraram rotina na vida de crianças e adolescentes. A polícia orienta aos pais a relatarem o problema para que uma investigação se inicie. O titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Eletrônicos (DRCE), Jeremias dos Santos diz que injúria é crime e o caso precisa ser apurado.
Na página de uma rede social, a imagem de um demônio dá as boas vindas e onde deveria estar o nome da página, está a frase: "Odiamos todos do Estélida Dias", que é o colégio municipal. O que se vê ao longo do página não pode ser mostrado. São xingamentos, ofensas, palavras chulas e termos pornográficos sempre associados a nomes de pessoas que também possuem perfil na mesma rede. Todas são alunas do colégio, são adolescentes de 12 e 13 anos.
A irmã de uma dessas meninas tem medo de mostrar o rosto, mas não de externar a indignação. “São absurdos. Citam e 'linkam' o nome desses jovens nas páginas, usando palavras de baixo calão”, diz a jovem que prefere não se identificar. Ela conta que se uniu a outros pais, e eles conseguiram convencer a empresa, dona da rede social, a tirar a página do ar.
Ela criticou a postura da escola no caso. “A escola tratou o caso como se fosse brincadeira e achei um absurdo”, contou. A direção da escola não quis gravar entrevista. Por nota, disse que a equipe pedagógica analisou a situação e deu o caso como encerrado.
Casos como o da escola em Campo Grande, tem chegado com frequência na Delegacia de Repressão aos Crimes Eletrônicos (DRCE). Por mais que, para muitos adolescentes, chingar um colega, colocar apelido ou ofender um amigo na rede social pareça uma brincadeira de mau gosto, para a polícia é crime. “O conteúdo, quando ofende a honra de uma outra pessoa, pode ser identificado como injúria ou difamação. É crime previsto no código penal”, disse o delegado Jeremias dos Santos.
O delegado destacou que os pais tem o dever de procurar a polícia sempre que um filho for agredido pela internet. “É importante salientar que as vítimas desse tipo de crime, por se tratar de uma ação penal privada, elas devem apresentar um requerimento para a polícia para que as investigações prossigam”, recomenda Jeremias.
G1.
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