quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Em evento sobre primeira infância, pediatra indica caminhos para evitar a violência


Até amanhã, conferências e cursos serão ministrados por 14 especialistas do Brasil e exterior nas áreas de saúde materno-infantil e educação
Renato Scussel (E), Rose-Anne Bisiaux, Pedro Simon, Darcísio
Perondi, Keiko Ota e Iraê Lucena na abertura da 5ª Semana de 
Valorização da Primeira Infância
O Senado abriu ontem a 5ª Semana de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz. Até amanhã, sempre a partir das 9h30, no Auditório Petrônio Portella, o evento oferece conferências e cursos ministrados por 14 especialistas do Brasil e do exterior nas áreas de saúde materno-infantil e educação. O tema é “O desenvolvimento integral da criança — teoria e prática”.
Ontem, Antonio Marcio Lisbôa, membro honorário da Academia Nacional de Medicina e integrante da Academia Brasileira de Pediatria, afirmou que construir pessoas com limites é uma das armas para prevenir a violência.
Para ele, a criança que tem uma personalidade bem estruturada na infância tem menos possibilidades de se tornar uma pessoa violenta quando crescer, se comparada às que foram maltratadas ou rejeitadas.
Para o representante no Brasil do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Gary Stahl, o país vem avançando nas políticas voltadas à primeira infância. No entanto, ele destacou a necessidade de promover políticas específicas para as comunidades mais carentes, em que o índice de mortalidade infantil ainda é alto.
Stahl disse que o percentual de óbitos é 2,6 vezes maior entre os indígenas, e 1,4 vez entre os negros. As Regiões Norte e Nordeste concentram 50% das mortes infantis do país.
Para o representante do Unicef, “é preciso focar no pleno desenvolvimento infantil, oferecer condições para a criança crescer em um ambiente livre de violência e priorizar a mulher e a primeira infância”. Stahl parabenizou o Brasil por já ter alcançado a meta do milênio para 2015 de redução da mortalidade infantil.
De acordo com o coordenador da Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Paulo Bonilha, a meta foi alcançada três anos antes do previsto com as ações de combate à pobreza e com o Bolsa Família. Ele acrescentou que o país tem desenvolvido políticas para a primeira infância, como os Programas Brasil Carinhoso e Saúde na Escola.
Para Vital Didonet, especialista em educação infantil da Rede Nacional Primeira Infância, o país “ainda tem que caminhar para que as crianças tenham presença nas políticas públicas”.
Confira a programação da 5ª Semana de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz emwww.senado.leg.br/infanciaepaz.
Jornal do Senado

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