Você entende o que é complexo de Electra? Muitas famílias passam por isso, mas não sabem lidar muito bem com a situação. Devido à falta de informação sobre o assunto, os pais podem reagir de forma inadequada ao comportamento das filhas, com repreensão ou complacência excessiva.
Neste post, vamos abordar o tema e esclarecer algumas dúvidas. Prossiga com a leitura e entenda o que é complexo de Electra, conheça as características e os sinais desse quadro e saiba qual a melhor forma de lidar com a criança que passa por essa etapa. Acompanhe!
O que é complexo de Electra?
Sigmund Freud classificou o apego excessivo dos filhos homens com suas progenitoras como complexo de Édipo. Posteriormente, Carl Jung estudou o vínculo especial que a filha mulher desenvolve com o pai, durante os primeiros anos de vida, e chegou a uma importante teoria sobre o desenvolvimento psicossexual das meninas: o complexo de Electra.
Essa etapa se manifesta entre os 3 e os 6 anos de idade e é marcada por uma admiração profunda — fixação, paixão — que a menina nutre pela figura paterna. Durante esse período, as meninas passam a enxergar a mãe como uma rival e competem para receber mais atenção do pai.
O nome “complexo de Electra” teve origem na mitologia grega. Em uma história, Electra, com a ajuda de seu irmão, planeja matar sua própria mãe e o amante para vingar a morte do pai.
Em resumo, esse complexo é caracterizado por um vínculo muito forte entre mãe e filha até os 3 anos, quando é substituído pela rivalidade. Surge então a predileção absoluta pelo pai. E, depois dos 6 anos de idade, a menina tende a se reaproximar da figura materna.
Quais sinais indicam esse complexo?
É comum que a menina desenvolva um carinho especial pela figura paterna. Mas, se o apego for excessivo e superior ao vínculo com a mãe, é importante observar os sinais que indicam o complexo de Electra, como:
a criança sustenta a ideia de que, quando crescer, se casará com o próprio pai, ou repete outras frases que demonstrem esse nível de afeto;
a filha se sente desprotegida na ausência do progenitor e chora de forma excessiva toda vez que precisa se afastar do pai;
a menina sente um nítido ciúme ao ver a troca de carinho entre a mãe e o pai e sempre faz questão de ocupar espaço entre os dois;
há uma leve demonstração de rancor da menina em relação à figura materna, pois ela acredita que a mãe pretende roubar o amor do pai.
Como lidar com a criança durante essa fase?
A criança que desenvolve esse tipo de comportamento tende a levá-lo para o resto da vida? Não, isso é um mito! Com o passar do tempo, a socialização com outras crianças passa a adquirir mais importância e esse sentimento obsessivo pelo pai começa a atenuar de forma natural. Assim, retorna a admiração pela figura materna, com a qual a menina cria mais identificação.
Durante esse período, os adultos devem acolher as atitudes afetuosas da criança com naturalidade, sem se escandalizar com as “intenções” que ela manifesta. Também é importante não encorajar nenhuma fantasia que ela desenvolva em relação à figura paterna. O pai deve deixar bem claro qual é o verdadeiro papel que ele ocupa na vida da menina.
Conseguiu compreender um pouco mais o que é complexo de Electra? Como você viu, não há razão para grandes preocupações. Costuma ser uma etapa passageira e faz parte do desenvolvimento da criança. Para lidar com a menina durante essa fase, é essencial ter paciência, assumir uma postura compreensiva e ajudá-la a entender seus sentimentos.
E você, já se deparou com alguma situação que envolvesse esse comportamento? Contribua para uma discussão sobre o assunto, deixe um comentário aqui no nosso post!
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