Redes sociais são o principal ambiente
em que as ofensas ocorrem
O Brasil tem o segundo maior índice de pais e mães que dizem que seus filhos já foram vítimas de bullying na internet. É o que constata a pesquisa da Ipsos sobre o cyberbullying, em que o país, com 29% dos entrevistados fazendo tal afirmação, só fica atrás da Índia, que tem índice de 37%.
Preocupa o fato de que a porcentagem brasileira tenha subido consideravelmente em relação ao último levantamento, realizado em 2016. Naquele ano, 19% dos pais e mães tinham conhecimento de bullying virtual contra seus filhos. A Índia também viu seu número crescer, de 32% para 37%.
Os Estados Unidos, por outro lado, melhoraram seu índice de 2016 para cá. O país liderava a pesquisa dois anos atrás, com 34% dos pais reconhecendo agressões virtuais contra seus filhos. Agora, a taxa caiu para 27%, ficando na terceira posição.
Na sequência, aparecem Bélgica (26%), África do Sul (25%), Malásia e Suécia (23%), Canadá (20%), Turquia, Arábia Saudita e México (19%).
Já no outro extremo, a Rússia não teve nenhum pai ou mãe que relatasse casos de bullying contra os filhos. Já Japão (4%), Chile (8%), França e Espanha (9%) e Hungria (10%) têm índices bastante baixos.
Para o levantamento, a Ipsos entrevistou pais e mães de 28 países, com amostras sempre acima de 500 pessoas. No Brasil, foram mais de 1 mil respondentes, todos com filhos com no máximo 18 anos de idade.
Perfil do bullying brasileiro
Do total de brasileiros que responderam à pesquisa, 11% disseram que o bullying contra seus filhos acontece regularmente. Outros 10% disseram “às vezes”, enquanto 8% afirmaram que as agressões ocorreram “uma ou duas vezes”. Já 53% disseram que o bullying nunca aconteceu, enquanto 18% não sabem.
As redes sociais são o ambiente virtual mais reportado pelos pais como cenário do bulying virtual. Entre os brasileiros, elas foram apontadas por 70% dos que deram resposta positiva à primeira pergunta, acima da média mundial de 65%. Outros 32% afirmam que o bullying acontece via celular; 28%, em aplicativos de mensagens; 28% em salas de bate-papo; 14% por e-mail; 8% em outros sites, e 6% em outras plataformas.
Já os autores do bullying, segundo pais e mães brasileiros, são geralmente (53% das vezes) colegas de escola. Já 29% dos respondentes apontaram pessoas jovens desconhecidas; 14%, adultos estranhos; e 10%, adultos conhecidos. Outros 10% não souberam dizer quem cometeu as agressões, enquanto 4% preferiram não responder.
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