Novas comissões buscam caminhos para a educação e a segurança

Grupo que vai propor soluções para financiar a educação será instalado hoje e colegiado que debaterá a segurança começa a trabalhar amanhã 

No ranking de qualidade da educação feito por consultoria internacional, com 40 países, o Brasil ficou em penúltimo lugar Foto: Jonas Pereira

Serão instaladas nesta semana duas comissões temporárias criadas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros. Hoje, a que vai propor soluções ao financiamento da educação no Brasil. Amanhã, a que vai analisar todos os projetos que tramitam no Senado sobre segurança pública.

Presidida pela senadora Ângela Portela (PT-RR), a comissão sobre financiamento da educação tem 90 dias para buscar meios de viabilizar a alocação de mais recursos, diante das dificuldades encontradas pelo país no setor.

O Brasil ficou na penúltima posição (entre 40 países) na relação global de qualidade de educação elaborada pela consultoria internacional Economist Intelligence Unit (EIU) e está em 85º lugar no ranking mundial do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

A comissão temporária é formada por nove senadores, além de Ângela: Cyro Miranda (PSDB-GO), Ana Amélia (PP-RS), Ciro Nogueira (PP-PI), Vital do Rêgo (PMDB-PB), Eduardo Amorim (PSC-SE), Paulo Paim (PT-RS), Acir Gurgacz (PDT-RO), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Cristovam Buarque (PDT-DF), que foi escolhido relator.

— Todo país no mundo que se desenvolveu de fato priorizou a educação — disse Renan.

A comissão sobre segurança pública, com oito senadores, deve ser presidida por Vital do Rêgo (PMDB-PB). O relator será Pedro Taques (PDT-MT). Durante 90 dias, o colegiado analisará as propostas em discussão no Senado sobre o assunto, devendo propor audiências públicas com ­especialistas da área, além de elaborar relatórios mensais sobre os temas discutidos. Na conclusão dos trabalhos, será apresentado um anteprojeto com medidas legislativas que visem, sobretudo, à redução da criminalidade.

— Vincular receitas temporariamente pode ser um caminho — afirmou Renan.

Jornal do Senado