sábado, 3 de abril de 2010

Metade dos jovens foi vítima no meio escolar

A vitimação de jovens acontece mais no meio escolar, segundo os dados de um estudo sobre delinquência juvenil, ontem apresentado nas "Jornadas de Segurança" que hoje terminam em Lisboa.
O estudo foi elaborado pelo Observatório de Delinquência Juvenil, do Instituto de Criminologia da Universidade do Porto, a pedido do Ministério da Administração Interna, no sentido de conseguir uma avaliação da delinquência juvenil.
A delinquência juvenil que abrange a prática de crimes por parte dos jovens com idades entre os 12 e os 16 anos e que agem de forma isolada teve um crescimento da ordem dos 10%, segundo os dados do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI).
Mas as autoridades têm chamado a atenção que a delinquência juvenil não pode ser confundida com a actividade grupal - mais conhecida por gangues -, que envolve a actividade de três ou mais jovens que agem em concertação.
De acordo com os dados divulgados pelo estudo do Observatório, "aproximadamente metade dos jovens reporta ter experimentado pelo menos uma situação de vitimação nos últimos 12 meses" e a "prevalência destas situações é superior em contexto escolar (47,1%) à registada em contexto não escolar (27,2%).
Segundo o mesmo estudo, a "situação de vitimação mais expressiva em termos numéricos é a que se refere a actos de humilhação, injúria ou difamação (29,8%) seguida da ameaça de agressão (20,7%) e do furto (20,1%)".
O mesmo trabalho dá conta de que "cerca de 10% dos jovens refere ter consumido drogas alguma vez e 4,3% afirma tê-lo feito nas últimas quatro semanas". O consumo de haxixe é o mais comum e há uma forte ligação entre o consumo de drogas e a delinquência. Com efeito, "91,4% dos jovens que consome drogas reporta ter cometido pelo menos uma vez algum acto delinquente".
Em termos da prática de crimes, a "condução sem habilitação legal constitui a conduta mais reportada. Seguem-se as agressões, os furtos em estabelecimentos comerciais e os envolvimentos em lutas e os danos".

Fonte: Jornal de Notícias.

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