A pesquisa foi realizada com cerca de oito mil crianças e adolescentes através do "Programa de Apoio e Acolhida de Meninos, Meninas e Adolescentes Trabalhadores". Os resultados apontam que seus pais possuem empregos precários, baixa escolaridade e vivem em situação de pobreza, situação que lhes obriga a trabalhar para ajudar a família.
O alerta vem da pesquisa, que aponta um dado preocupante: a grande maioria das crianças entrevistadas cursa entre a 4ª e a 6ª série do Ensino Básico. Dentre os adolescentes, alguns abandonam a escola no 3º e no 3º ano do Ensino Médio. 85% dos meninos e das meninas entrevistados trabalham permanentemente.
Segundo o Vicariato, o programa da entidade tem contribuído para a erradicação de 4,6% do trabalho de crianças e adolescentes e diminuído as horas de trabalho em 10,8%. A entidade adotou uma política de não estigmatizar, nem perseguir as crianças, os adolescentes e seus pais.
O objetivo da entidade é de reduzir a carga horária e aumentar o tempo de estudo gradativamente. O Vicariato criou uma rede de apoio através do qual as crianças e os adolescentes trabalhadoras trocam experiências entre si e com colegas de escola que não trabalham, sensibilizando-se com relação a seus direitos.
Adital.
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