É que o presidente Lula assinou no final do ano passado o decreto 6.640, que permite destruir as cavernas e grutas espalhadas pelo país. Só na região de Carajás, especialistas em espeleologia calculam que existam cerca de mil cavernas.
A Sociedade Brasileira de Espeleologia já encaminhou ao procurador-geral da República, Antônio Fernando Barros e Silva de Souza, pedido de ação de inconstitucionalidade do decreto de Lula, aprovado em novembro último. O pedido já foi aceito.
Diz o pedido: "70% das cavernas brasileiras correm o risco de desaparecer, o que constitui uma ameaça sem precedentes ao meio ambiente e ao patrimônio cultural de nosso país".
Ainda segundo especialistas no assunto, o decreto visa, principalmente, a beneficiar setores econômicos, como as construtoras e as mineradoras, já que as cavernas e grutas acabam dificultando a exploração do solo.
De acordo com a nova lei, as cavernas e grutas passam a ser definidas por critérios de relevância e organizadas em quatro níveis: máximo, alto, médio e baixo. Apenas as grutas de relevância máxima serão protegidas. As demais poderiam ser destruídas desde que exista autorização por parte dos órgãos ambientais.
O Globo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário