Apesar das crescentes mudanças no ambiente profissional, resquícios do machismo ainda estão presentes na cultura corporativa brasileira. É o que aponta uma pesquisa feita pela Universidade de Brasília (UnB) com quase 2 mil profissionais, que mostra que 85% das mulheres preferem ser lideradas por homens no trabalho. Entre os profissionais do sexo masculino, o número sobe para 95%.
A justificativa dada pelos entrevistados é a de que as mulheres, quando assumem cargos de comando, perdem suas características femininas positivas e se tornam extremamente rígidas e centralizadoras. Segundo a pesquisadora Amanda Zauli-Fellows, que conduziu o estudo em Brasília, as mulheres que ascendem profissionalmente ainda têm medo de serem vistas como "molengas" ou "de pulso fraco", e acabam se tornando mais exigentes que seus companheiros do sexo masculino.
Nos Estados Unidos, o número de mulheres que prefere trabalhar com chefes do sexo masculino é bem menor, mas não deixa de ser expressivo.O relatório anual do grupo Vault, uma das maiores empresas de recursos humanos do país, indica que 28% das mulheres preferem os chefes homens. Apenas 9% disseram achar melhor trabalhar com chefes do sexo feminino.
Além disso, 24% delas preferem trabalhar com colegas homens e apenas 11% disseram preferir ter mais mulheres do que homens como colegas de trabalho. Para Mark Oldman, vice-presidente do Vault, o preconceito no ambiente de trabalho ainda é real e preocupante, já que as mulheres estão perdendo boas oportunidades por serem consideradas mais emotivas e menos estáveis que funcionários do sexo masculino.
O Globo.
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