sábado, 22 de novembro de 2008

Disciplina total atrás das grades




Equipe do Pioneiro mostra como vivem os apenados que há um mês ocupam a maior cadeia da Serra

A Penitenciária Regional de Caxias é o retrato oposto do drama vivido pelo sistema prisional gaúcho. Sem similar no Estado, a cadeia completa um mês de ocupação neste domingo sem os habituais problemas de superlotação, prédios insalubres e uso de drogas.

Por enquanto, apenas 141 presos estão na cadeia projetada para 432 homens em regime fechado. Os presos vivem uma rotina rígida, semelhante a presídios federais de alta segurança. O presídio do Apanhador foi erguido com base no modelo norte-americano, sem muralhas e com vigilância eletrônica. O lugar é asseado, e os presos vestem uniformes.

Por enquanto, representantes do Poder Judiciário estão satisfeitos com o funcionamento da nova cadeia. De acordo com o promotor de Justiça Rodrigo López Zilio, que acompanhou a visita exclusiva do jornal Pioneiro à unidade na quinta-feira, somente com a ocupação completa é que haverá a possibilidade de avaliar a prisão.

– Até agora, a cadeia causa uma boa impressão – avalia.

A juíza Magáli Ruperti Rabello Justin compartilha dessa opinião. Na visita, a magistrada destacou que a ocupação só será completa depois da construção de um muro e de guaritas para PMs. Até o momento, o Estado não fixou data para iniciar as obras.

A cadeia tem agradado aos presos. Condenado por assalto, Rômulo Micael Pacheco da Silva, 25 anos, explica que a maior reclamação dos detentos é não poder assistir televisão, ouvir rádio nem fumar.

– É uma cadeia muito diferente, mas está bom. O pessoal anda meio nervoso porque não dá para fumar – conta o apenado da galeria B.

Zero Hora.

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