quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Pulseira pode ajudar a combater bullying em escolas

A campanha You Can Sit With Me (Você pode sentar comigo, em tradução livre) visa promover interação entre crianças por meio de acessório


pulseira bullying (Foto: Reprodução/You Can Sit With Me)
O uso da pulseira amarela indica disposição em se relacionar com novos colegas (Foto: Reprodução/You Can Sit With Me)


Como as crianças passam a maior parte de seu dia na escola, não é estranho que o combate ao bullying esteja na lista de prioridades de pais e educadores. Após vinte anos como professora e consultora educacional, Sophie Whitehouse resolveu criar a campanha You Can Sit With Me, que vem ganhando força na Austrália desde 2015.
Como apresentado no site oficial da iniciativa, o programa baseia-se no uso de pulseiras amarelas, onde se lê o equivalente a "Você Pode Sentar Comigo". A criança que a estiver usando, permite que outras se aproximem dela para conversar, promovendo uma interação independente de gênero, raça e cultura.
“Trata-se de uma simples e segura mensagem em resposta ao problema crescente que o bullying representa. Nós trabalhamos em parcerias com escolas, clubes de esporte, entre outros. Ao implementar essa campanha você pode ajudar a construir um ambiente seguro, onde todas as crianças se sentem aceitas e inclusas”, destaca Sophie no vídeo de divulgação.
Para a coordenadora de Ensino Fundamental I do Escola Morumbi (SP), Juliana Chyla Hanfpwurzel, a iniciativa poderia funcionar no Brasil, principalmente, com crianças de 5 a 10 anos de idade. “Essa proposta é baseada em um símbolo de forte apelo visual. A partir do momento que a criança opta por usar um acessório que a lembre de uma ideia, ela passa a incorporá-la. O apelo visual reforça essa consciência e ainda é bem visto pelas crianças.”
Além disso, a ideia de todos usarem o mesmo bracelete trabalha com o desejo de ter coisas parecidas, muito forte nessa fase, combinada a uma proposta de relacionamento e competências socio-emocionais que são muito importantes para o desenvolvimento da criança.
Embora as pulseiras ainda não tenham chegado ao Brasil, são muitas as iniciativas de combate ao bullying. “Nós, por exemplo, trabalhamos bastante com jogos cooperativos entre as crianças, para que elas tenham a oportunidade de conhecer as suas habilidades e valorizar as habilidades dos outros colegas. Isso às vezes surpreende as próprias crianças que percebem quando um colega não se sobressai em uma questão, mas pode se sobressair em outra”, explica Juliana.

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