quarta-feira, 22 de julho de 2015

Treze presos em RR começam a usar tornozeleiras eletrônicas por um mês

Durante 30 dias, eles serão monitorados 24 horas por uma equipe treinada.
Segundo a Sejuc, 360 tornozeleiras devem ser usadas após a fase de testes.


Durante 30 dias, treze presos vão usar tornozeleiras (Foto: Divulgação/Secom)
Durante 30 dias, treze presos vão usar tornozeleiras
(Foto: Divulgação/Secom)
Treze detentos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) e da Cadeia Pública Feminina, na zona Rural de Boa Vista, estão usando tornozeleiras eletrônicas, segundo a Secretaria de Comunicação do governo do estado. O equipamento está em fase de testes e, durante 30 dias, os presos serão monitorados 24 horas por uma equipe de plantão treinada para acompanhar a rotina de cada um, bem como a eficiência da ferramenta.
Em casos de Lei Maria da Penha, as vítimas receberam o botão do pânico, que é semelhante a um celular que pode ser acionado caso o agressor ultrapasse os limites do perímetro estabelecido. Os aparelhos começaram a ser entregues nesta segunda-feira (20), após a decisão da juíza Aparecida Cury, da Vara de Execuções Penais, sobre quais detentos deverão receber o monitoramento eletrônico.
Conforme o gerente de Operações da empresa que está testando os aparelhos, Haresh Manickchand, a tornozeleira não vai mudar a rotina dos presos nem das vítimas, no caso da aplicação da Lei Maria da Penha. “Eles vão realizar as atividades normais, seguindo as instruções para carregar os aparelhos sempre que necessário, de forma que as regras do monitoramento sejam cumpridas”, explicou.
O secretário de Justiça e Cidadania, Josué Filho, esclareceu que a fase de testes está programada para durar 30 dias. Após este prazo, outros presos receberão o aparelho de monitoramento, totalizando a quantidade inicialmente anunciada de 360 tornozeleiras.

“Estamos cumprindo as metas preestabelecidas em buscar alternativas de cumprimento de pena e desafogar o sistema prisional”, afirmou.

A tornozeleira funciona como uma espécie de GPS que informa a localização do preso e está em fase de implantação em todo o sistema prisional brasileiro. Assim como os telefones celulares, elas precisam ter a bateria carregada para funcionar. Se parar de funcionar, o detento será considerado foragido. A lei autoriza o uso do equipamento em condenados em regime semiaberto que tiverem autorizada a saída temporária e em prisão domiciliar.
Ao receber o equipamento, tanto o detento quanto as vítimas assinam um termo de declaração e são orientados sobre a utilização e carga de bateria. Se o preso remover ou danificar o instrumento, ele poderá ter a autorização de saída temporária ou prisão domiciliar revogada, além de sofrer regressão do regime e receber advertência por escrito.

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