sexta-feira, 1 de maio de 2015

2% dos presos com tornozeleiras voltaram a cometer crimes em MT

Mais de mil presos usam tornozeleiras eletrônicas em Mato Grosso. (Foto: Reprodução/TVCA)

Mato Grosso tem 10 mil presos; 10 % deles usam tornozeleiras eletrônicas.
Em caso de quebra de regras o detento poderá voltar para uma prisão.


Um levantamento aponta que apenas 2% dos presos que usam tornozeleiras para monitoramento eletrônico voltaram a cometer crimes em Mato Grosso. De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), o monitoramento começou há sete meses no estado. Nesse período, dos 1.100 mil presos beneficiados, 2% voltaram a cometer crimes.
A central de monitoramento desses presos fica dentro da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT), em Cuiabá, e acompanha os passos dos detentos do regime semiaberto 24 horas por dia. Segundo dados da Sejudh, Mato Grosso tem aproximadamente 10 mil presos. Desses, 10% usam tornozeleira. O índice cometido pelos presos que usam o aparelho é baixo, aproximadamente 2%.
Os presos devem cumprir diversas regras e obrigações definidas pelo sistema, como não ultrapassar locais determinados, sair em certos horários, frequentar casas de jogos ou bares. Ainda assim a Sejudh concede permissões os presos, como sair para estudar ou trabalhar.
Para o secretário da Sejudh, Márcio Dorilêo, a opção de monitoramento é uma medida usada para racionalizar a utilização de unidades prisionais. “Ele tem a autodeterminação e liberdade se quiser voltar a praticar o delito e quebrar as regras. Ele tem a consciência de que se assim agindo ele vai regredir no regime de cumprimento, ou se for um preso provisório, será imediatamente decretado a prisão e ele voltará ao cárcere”, disse.
Na central de monitoramento os servidores conseguem acompanhar os presos e saber em poucos segundos quando algum tipo de regra é quebrada. “Quando o monitorado sai do seu local de horário e recolhimento temos a equipe do SOE e também a PM que aborda o monitorado na rua. Se ele não tiver uma autorização para estar após as 20h na rua ele é recolhido e apresentado a Justiça para justificar o porquê estava fora do horário”, explicou a coordenadora do sistema, Claudiane Cavalcante.
G1. 30.04.2015.

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