quarta-feira, 1 de abril de 2015

Estado Islâmico amputa mãos de crianças acusadas de roubar brinquedos e comida no Iraque

O Estado Islâmico continua sua saga de crueldade e terrorismo nos territórios onde conseguiu domínio e agora estaria amputando as mãos de crianças acusadas de roubo.
Os relatos de uma família sunita-xiita mista que viveu em Mosul, reduto iraquiano do Estado Islâmico, dão conta que os terroristas aplicam a pena de amputação das mãos em adultos e crianças acusados de roubo.
Numa entrevista ao site de notícias iraquiano Rudaw, a família Al-Saraj contou que após fugirem de Mosul, mantiveram contato com amigos que ficaram na cidade e recebem relatos das barbáries cometidas pelos extremistas.
Sem saber a data específica do fato, a família relatou que o Estado Islâmico teria decepado as mãos de quatro crianças, uma delas por ter roubado um brinquedo. “Eles cortaram as mãos de quatro filhos, com idades de 12, 11, 13 e 16 […] Uma das crianças roubou um pássaro de brinquedo, um outro roubou um cabo elétrico”, contou uma das filhas da família, identificada como S.A., que recebeu a informação através de uma mensagem de texto enviada por um colega.
O irmão de S.A., usando o nome fictício de “Ibrahim”, afirmou que recebeu um vídeo de um adolescente sendo executado com um tiro na nuca à queima-roupa por um dos militantes do Estado Islâmico. O jovem havia sido acusado de roubar comida.
“Ele roubou alguma coisa, ele queria comer”, afirmou Ibrahim, lembrando que após a tomada da cidade pelo Estado Islâmico, houve escassez de alimentos. No vídeo, que foi mostrado pelo refugiado ao repórter do site iraquiano, é possível ver o pai do garoto implorando pela vida de seu filho.
A mãe de A.S. e Ibrahim, identificada como R.S., contou que o Estado Islâmico também impõe penas às mulheres que violam suas leis rigorosas: “Eles cortam seus cabelos, algumas são apedrejadas, algumas são filmadas, enquanto outras são decapitadas por adultério. Se a mulher tem um namorado, a punição é apedrejamento. Se ela tiver mais de um namorado, ela vai ser filmada [enquanto é executada]”, relatou R.S.
Além disso, a família acrescentou que nos territórios sob o domínio do Estado Islâmico, um homem sunita e uma mulher xiita, e vice-versa, não estão autorizados a se casarem, e se o grupo descobrir que um homem sunita é casado com uma mulher xiita, o grupo obriga o homem a se divorciar de sua esposa.

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