quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Mãe e 'compradores' de bebê vão responder por tráfico de pessoas

Mãe biológica recebia R$ 600 por mês para despesas com a gravidez.
Criança está sob os cuidados do Conselho Tutelar de Camboriú.


Os envolvidos na venda de um bebê de três meses no Litoral Norte de Santa Catarina vão responder em liberdade pelos crimes de tráfico de pessoas, falsidade ideológica e registro ilegal da criança, conforme a Polícia Civil de BalneárioCamboriú, que solucionou o caso.
Segundo a polícia, o bebê de três meses  foi vendido pela mãe a um casal paranaense e retornou na madrugada desta terça-feira (17) para a Camboriú sob os cuidados do Conselho Tutelar. A Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Balneário Camboriú cumpriu o mandando de busca e apreensão, na cidade de Palmas, no Paraná. Segundo a polícia, a mãe da criança tem 18 anos e uma semana antes de sar à luz viajou para a cidade do interior paranaense. Após o nascimento, um casal, que acompanhou a gestação, ficou com a menina. A investigação apurou que a mãe biológica recebia cerca de R$ 600 por mês para os gastos com a gravidez.
As investigações começaram no fim de agosto, quando o Conselho Tutelar de Camboriú recebeu uma denúncia anônima e comunicou a polícia. Na época, a mãe biológica da criança foi ouvida e apresentou várias versões sobre o paradeiro do bebê. Conforme informações do delegado da DIC Osnei de Oliveira, uma mulher soube que a mãe adolescente queria abortar e intermediou a venda da criança.
A pessoa que intermediou a venda é irmã do homem que registrou a criança como sendo filha dele. "A família nem sempre está emocionalmente preparada para receber a criança. Nós percebemos o desequilíbrio da família, que não estava preparada para cuidar do recém-nascido", disse o conselheiro tutelar Manoel Mafra.
A Polícia Civil de Balneário Camboriú está investigando se o casal deu mais algum dinheiro para a mãe, além dos R$ 600 mensais. À polícia, o casal que comprou a criança disse que também pagou o procedimento da cesariana, mas a criança nasceu por parto normal. Os policiais vão investigar se a mulher suspeita de intermediar a venda ficou com o dinheiro.
G1. 17/09/2013

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