quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Bullying: 80% dos casos relatados são solucionados, diz especialista

Agressões podem ocorrer no ambiente escolar, familiar ou no trabalho. Responsáveis são obrigados a cessar com este tipo de hostilidade


Flávio Veras
  • Segundo Alves, termo bullying se tornou mais conhecido na sociedade devido à ampla divulgação da mídia (Foto: Flávio Veras/iFronteira)
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O bullying é uma prática comum na sociedade brasileira. Pelo menos é o que afirma a docente do Serviço Nacional de Aprendizagem Social (Senac) e assistente social Cristiane Regina Hernandes Alves. A declaração foi feita durante palestra sobre o assunto na sede da unidade de Presidente Prudente, na tarde desta quarta-feira (14). O evento faz parte da programação da Semana Municipal da Juventude.
Segundo a especialista, o termo é usado quando atos de violência física ou psicológica são praticados de forma intencional e repetidos por um indivíduo ou grupo. Eles podem causar dor e angústia.
Ela afirma que o tema ainda é polemico e tomou conta das discussões em sala de aula, além de gerar uma série de reportagens nos últimos anos. Porém, ainda é recente no cotidiano dos brasileiros.  Mas devido à ampla divulgação da mídia, hoje muitos jovens e adultos sabem do que se trata esse tipo de agressão.
“A ampla divulgação dos meios de comunicação foi fundamental para a disseminação de conhecimento sobre o tema em nossa sociedade. Durante a palestra constatei de perto que os jovens estão mais inteirados com o assunto. A informação é uma das armas para que esse tipo de prática aconteça cada vez menos na sociedade”, explicou Alves.
Outra dado que se deve levar em conta, na opinião da assistente social, é que aproximadamente 80% dos casos que são relatados pelos agredidos são solucionados. A especialista garante que levar ao conhecimento de pais e professores a agressão sofrida é fundamental para que ela se encerre definitivamente.
“A pessoa que leva esse tipo de hostilidade não pode ficar calada. Ela deve relatar o que anda se passando para que os responsáveis tomem as medidas cabíveis” afirmou a especialista.
Porém, ela explica que outro fato que às vezes ocorre, mas não deveria acontecer, é a conivência ou mesmo submissão dos responsáveis. Para a especialista, a escola, pais, chefes, no caso quando a agressão ocorre no trabalho, tem a obrigação de tomar medidas que cessem as hostilidades.
No entanto, esse tipo de prática esta inserida em todos os setores da sociedade. Além do ambiente escolar, a especialista diz que as agressões podem acontecer no seio familiar ou no trabalho. E os agredidos, podem ser jovens e adultos.
“O bullying não ocorre apenas com crianças e adolescente. Entre os adultos esse tipo de prática também é comum. Elas podem levar uma séria de consequências, como a falta de rendimento no trabalho, vontade de trabalhar, ansiedade, entre outras” ressaltou Alves.
Para diminuir o número de agressões, Alves aponta que é obrigação da sociedade desenvolver politicas públicas sobre o tema. Além disso, os governos devem disponibilizar atendimento médico aos agredidos, caso seja necessário.
“É obrigação da sociedade debater o tema com responsabilidade. Também é nosso dever não banalizar o termo, brincadeiras isoladas não são bullying. Tratar esse assunto de forma leviana, pode torná-lo banal”, concluiu Alves.
Ifronteira.

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