sexta-feira, 19 de julho de 2013

Pessoas feias sofrem mais bullying no trabalho

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Todo mundo sabe que a escola pode ser um ambiente cruel, onde os alunos considerados atraentes são “populares”, e os menos atraentes acabam intimidados ou sofrem bullyng.
Esperava-se (ó, sonho impossível) que esse tipo de comportamento mesquinho sumisse com a idade adulta, mas uma nova pesquisa mostrou que não; colegas de trabalho podem ser tão imaturos quanto colegas de classe.
O estudo da Universidade de Notre Dame e da Universidade Estadual de Michigan (ambas nos EUA) é o primeiro a vincular atratividade à bullying no local de trabalho.
Os pesquisadores concluíram que a atratividade física afeta da mesma forma que a personalidade na maneira como uma pessoa é tratada no trabalho.
Eles entrevistaram 114 trabalhadores, perguntando-lhes com que frequência seus colegas o tratavam cruelmente, dizendo coisas ofensivas, sendo grossos ou tirando sarro deles. Através de fotos digitais, a “atratividade” desses trabalhadores foi então julgada por pessoas que não os conheciam.
“Nós descobrimos que pessoas menos atraentes são mais propensas a sofrer tratamento rude, grosseiro e até mesmo cruel por seus colegas de trabalho. E, não somente nós, como sociedade, percebemos colegas de trabalho atraentes e não atraentes de maneira diferente, como agimos de acordo com essa percepção de formas que podem ser dolorosas”, disse Timothy Judge, um dos autores do estudo.
Diversas pesquisas já chegaram à conclusão de que a beleza pode ajudar muito uma pessoa no mercado de trabalho, seja para receber salários mais altos, melhores avaliações de desempenho ou para o sucesso na carreira como um todo.
Pessoas atraentes são mais autoconfiantes, têm maior autoestima e são percebidas como mais inteligentes e morais. A pesquisa indica ainda que ver pessoas atraentes nos coloca em um estado de espírito melhor.
“Dado que a atração física não é uma qualificação profissional para a maioria dos postos de trabalho, as nossas novas descobertas são problemáticas para a sociedade”, fala Judge. “Pior ainda, a pesquisa mostra que nós somos mais influenciados pela atratividade do que estamos dispostos a admitir”.
Esse é um problema sem solução fácil, especialmente dada a natureza cada vez mais visual da comunicação. “A consciência [do problema] é certamente um passo importante”, diz o pesquisador. “Se reconhecemos os nossos preconceitos e somos mais abertos e honestos acerca de sua onipresença, podemos combater melhor essa influência”.

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