domingo, 13 de janeiro de 2013

Sejus revela que 36 casos de tráfico de pessoas são investigados no AM


Órgão implementa 13 polos de combate ao crime em diferentes municípios.
Estudos devem dar atenção às cidades que possuem festivais folclóricos.

Senado aprova pena maior para exploração sexual de crianças (Foto: globo news)Exploração sexual e trabalhista são destinos de vítimas de tráfico humano (Foto: Globo News)
Dados da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejus) apontam que 36 indícios do crime de tráfico internacional de pessoas são investigados pela polícia no Amazonas. A Sejus coordena as investigações, que envolvem vários grupos governamentais, e está implementando 13 polos de combate e prevenção à ilegalidade em diferentes municípios do Estado. As vítimas possuem entre 15 e 25 anos e incluem grupos indígenas.
De acordo com a diretora do Departamento de Direitos Humanos da Sejus, Michelle Custódio Campbell, as investigações deste tipo de crime seguem em segredo de Justiça. No entanto, os estudos verificaram a necessidade de observar o movimento de migração em cidades amazonenses que possuem festivais folclóricos. Os municípios de ManacapuruItacoatiara,ParintinsHumaitáCoari e Manaus (Rodoviária e Porto da Ceasa) já possuem os centros de atendimento com informações.
"Observamos atentamente essas cidades porque são após as grandes festas que 

percebemos um número maior de desaparecidos que podem estar nessas condições 

por vários fatores. A isso se inclui o tráfico, já que grande número de estrangeiros transita 

por estes municípios e com rotinas suspeitas", ressaltou Michelle.

A rota do tráfico de mulheres do Amazonas varia, mas, em geral, os destinos costumam ser Portugal, Espanha, Itália, Suíça, Guiana, Suriname, Holanda e Índia, segundo a Sejus.

A diretora da secretaria informou que a vítima de tráfico possui, normalmente, condições precárias de vida e forte desejo de ascensão social. "Vivemos em um mundo de consumismo e as vítimas se rendem às promessas de crescimento social e econômico que não passam de ilusão", explicou.

Entre as promessas estão pedidos de casamento, oportunidades para carreira de modelo e outros empregos que sugerem bons salários. O ciclo do tráfico humano envolve um grupo de pessoas que trabalha e incentiva o mercado negro. No entanto, a diretora Michelle alerta que o tráfico só existe porque há demanda para isso, e explica que a atuação da Sejus envolve o trabalho educativo da população e assistência à família.
Prevenção

Entre as medidas de prevenção, está a privacidade de dados em redes sociais e o alto nível de desconfiança diante de oportunidades com boa lucratividade de maneira fácil e rápida. "Desconfie sempre ao se deparar com propostas altamente vantajosas. É importante pesquisar muito sobre a idoneidade da empresa, verificar se o contrato de trabalho foi registrado em cartório, e se a companhia obedece à legislação brasileira e tem credibilidade perante o Ministério das Relações Exteriores", frisou Campbell.

A diretora do Departamento de Direitos Humanos da Sejus afirmou que denúncias podem ser feitas por meio do disque 100, 180 ou 181 da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
g1.

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