quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Mães de adolescente em conflito com a lei criam associação


Acaba de ser criada no Espírito Santo a Associação de Mães Unidas das Unidades Socioeducativas (Amus).  Com apoio da Pastoral do Menor, a Amus, que ainda falta ser registrada, foi criada com o objetivo de aconselhar adolescentes em conflito com a lei a abandonar a criminalidade e também a lutar pelos direitos dos jovens que se envolvem em atos infracionais.
Uma das líderes da Amus é a doméstica Eliana Lopes Bernardim Valadares.  O filho dela de 16 anos está internado na Unidade de Internação Social (Unis) pela acusação de ter cometido um assalto, em Jardim da Penha. O jovem foi sentenciado a medidas socioeducativas em meio fechado.
“O trabalho da nossa associação é intervir sempre que surgirem denúncias de agressões, maus tratos e humilhações aos adolescentes que estão internados nas unidades do Estado. Nossa lutar é melhorarmos as condições das medidas socioeducativas, fazer com que os poderes públicos – governos estadual e municipais – cumprem o que determina o Estatuto da Criança e Adolescentes”, disse Eliana Valadares.
“Estaremos buscando que os jovens sejam tratados com dignidade. Queremos propagar que os adolescentes têm deveres no cumprimento de suas penas, mas também têm direito a ressocialização. Nossa meta é a de aconselharmos os jovens internados a buscar o caminho do bem,  porque o crime não compensa”, completou a líder da Amus.
O filho de Eliana Valadares está internado desde o dia 9 de setembro do ano passado, quando saiu de casa, em São Pedro, para treinar futebol no Campo do Caxias, na avenida Maruípe, no bairro Itararé – o menino atuava como zagueiro. Entretanto, desviou seu caminho e foi parar em Jardim da Penha, onde participou de um assalto, ao lado de outros jovens:
“Para nós, foi uma surpresa nosso filho ter se envolvido com o crime. Nossa família é evangélica. O pai dele é pastor da Assembleia de Deus. Meu filho sempre foi criado no mundo religioso. Por isso, para mim, está difícil conviver com essa situação, mas, ao mesmo tempo, estou estimulada  a aprender a lutar em favor desses adolescentes. Sei que meu filho e os demais meninos, pelo caráter deles, têm tudo para voltar ressocializados para suas famílias”, espera Eliana Valadares.
Assessoria de Comunicação do TJES
15 de Agosto de 2012

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