terça-feira, 27 de abril de 2010

BULLYING

 

Violência que atinge as crianças

O BULLYING, deriva do termo “bully”, que em inglês tem significados como ameaça, opressão, assim como pode expressar a própria figura do valentão. Esse tipo de violência, em que as crianças são, ao mesmo tempo, vítimas e agressoras acontece em grande parte do mundo. Há diversos casos de BULLYING em nosso país, mas também nos Estados Unidos, em Portugal e no Japão.
Dan Olweus, professor de psicologia na Universidade de Bergen, na Noruega, estudou o assunto desde a década de 1970 e afirma que o fenômeno não é novo e deve ser entendido tanto como a agressão de uma ou de várias crianças em relação à outra. Além disso, a violência pode acontecer de diferentes maneiras: agressão direta tanto física, como psicológica, recusa de socializar ou permitir que a vítima se socialize, espalhar comentários maldosos, criticar a vítima, sua etnia, costumes, roupas, religião e idéias e até mesmo o cyberBULLYING que consiste no uso da internet para amedrontar e depreciar a vítima.
O BULLYING ocorre nas escolas, faculdades, universidades e até mesmo em outros locais de convivência, como em determinada vizinhança. A intimidação é constante e a violência pode causar muitos danos psicológicos e físicos às vítimas, inclusive, levá-las a prática de suicídio.
Em Portugal, no início de março, o menino Leandro Cordeiro, de 12 anos, fugiu da escola logo após uma briga com os colegas de classe, e atirou-se no rio Tua. No inquérito, apurou-se que o menino teria saído pelas grades da janela da escola, de modo a afastar a responsabilidade do estabelecimento educacional em relação à morte de Leandro, assim como entendeu que a criança não era vítima de BULLYING, por falta de provas e testemunhos contraditórios.
Já nos Estados Unidos, Phoebe Prince, de 15 anos cometeu suicídio dois dias antes do grande baile de sua escola. A encantadora garota, imigrante irlandesa, estava namorando um dos jogadores do time de futebol e o grupo de garotas populares começou a intimidá-la. Neste caso, houve tanto a prática tradicional do BULLYING, quanto a utilização de ameaças em redes sociais e por mensagens de celular, ou seja, cyberBULLYING. O caso foi investigado e nove colegas, de idades que variam entre 16 e 18 anos, estão sendo acusados de abuso sexual, assédio, perseguição e também de violar os direitos civis de Phoebe, que foi encontrada enforcada dentro de um armário por uma de suas irmãs menores.

Até mesmo a realeza não consegue escapar do BULLYING. No Japão, a princesa Aiko, de 9 anos, filha do príncipe Naruhito e da princesa Masako, ficou mais de uma semana sem ir a escola por conta do BULLYING praticado por alguns de seus colegas que freqüentam uma tradicional escola de Tóquio.
O BULLYING também é praticado no Brasil, portanto devemos nos preocupar com o comportamento das crianças e adolescentes e atuar de modo que a violência cesse. Esse trabalho deve envolver toda a comunidade, como os pais, professores, inspetores da escola, psicólogos, além das próprias vítimas e agressores. 


Fonte: IBCCRIM.

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