sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Seminário Ilegalismo, Cidade e Política 23 e 24 de Fevereiro na FFLCH/USP

Seminário Ilegalismos, Cidade e Política:
perspectivas comparativas
Quatro metrópoles latino-americanas: México, Caracas, Buenos Aires e São Paulo.
23 e 24 de Fevereiro na USP
Nas duas últimas décadas, as cidades latino-americanas passaram por um intenso processo de urbanização sem o necessário planejamento do Estado. A população de baixa renda, expulsa do campo e das regiões centrais das cidades, passou a se concentrar nas periferias, as quais são caracterizadas pela moradia e rede de serviços públicos precárias. Desta forma, contribui-se para demarcar, no espaço urbano, as fronteiras entre o legal e o ilegal. Ao mesmo tempo, generaliza-se o sentimento de insegurança, como algo que atinge indiscriminadamente todos que convivem na cidade e pautando o discurso e as ações do Poder Público.
É nesse contexto que se ampliam as ações policiais voltadas para os territórios da pobreza, nos marcos de controle dessas áreas potencialmente subversivas. A violência policial ocorre no âmbito de operações militarizadas, apresentando elevado grau de letalidade, conforme apontam dados sobre o tema. Foge-se, ainda, do controle judicial com o rótulo “resistência seguida de morte” e reproduz-se essa prática.
O seminário “Ilegalismos, Cidade e Política”, que ocorrerá nos dias 23 e 24 de fevereiro na USP, discutirá, a partir de uma perspectiva comparativa entre a Cidade do México, Caracas, Buenos Aires e São Paulo, os ilegalismos das metrópoles latino-americanas. Com a participação de pesquisadores dos quatro países, buscar-se-á estabelecer os pontos de semelhança e diferença entre as quatro experiências analisadas. Haverá, ainda, uma mesa focada na violência policial em São Paulo, contando com a participação de vítimas, militantes e pesquisadores da área.
(RRA/CS)
Segue, abaixo, a programação do evento:
Seminário de Pesquisa
Ilegalismos, cidade e política: perspectivas comparativas
Quatro metrópoles latino-americanas: México, Caracas, Buenos Aires, São Paulo
Data: 23-24 de fevereiro 2010
Local: Universidade de São Paulo
Prédio da Filosofia e Ciências Sociais – sala 08
Av. Prof. Luciano Gualberto, 315 - Cidade Universitária Ver Mapa 05508-010 - São Paulo -SP telefone : (11) 3091-3724 fax: (11) 3091-4505 e-mail: sociousp@usp.br
Coordenação:
Arturo Alvarado (Colegio de México)
Christian Azaïs (Université de Picardie Jules Verne & IRISSO, Universidade Paris Dauphine)
Gabriel Kessler (Universidade Nacional General Sarmiento)
Vera Telles (Universidade de São Paulo)
Primeiro dia: 23 fevereiro – 3ª feira
9 horas: abertura
9: 30 horas Fronteiras do legal, ilegal e o ilícito: a governança em questão
1. Mercados ilícitos e política
Coordenador: Arturo Alvarado (Colegio de México)
Comentador: Marcos Alvarez (USP, NEV)
Expositores:
Jean Rivelois (IRD, França). Os ilegalismos em Tepito (Cidade do México): entre resistência social e recuperação política
Jorge Zaverucha (UFPE). Manifestações do crime organizado e governo de coalizão em Pernambuco (co-autoria com Adriano Oliveira, UFPE)
Daniel Hirata (USP). Os circuitos obscuros da regularização do transporte clandestino em São Paulo: produção e gestão da (des)ordem
Jacqueline Sinhoreto (UFSCar) e Fernanda de Almeida (Unicamp). Na rota das drogas ilícitas: uma análise do Relatório da CPI do Narcotráfico – o caso de São Paulo
14:30 horas
2. Economias informais: modos de regulação nas fronteiras incertas entre o legal e ilegal
Coordenador: Marina Montenegro (USP)
Comentador : Jacob Carlos Lima (Universidade Federal de São Carlos)
Expositores:
Carlos Alba (Colegio de México). "Las formas de regulación social y política de la economía informal. El caso del centro histórico de la ciudad de México”
Carlos Freire (USP). “Dinâmicas urbanas e mercado informal: o jogo de tolerância e repressão”
María Pita (Conicet e Universidade de Buenos Aires). “Alguns olhares sobre o público: espaço público e demandas coletivas. Vendedores ambulantes senegaleses em Buenos Aires”
Christian Azaïs (Université de Picardie Jules Verne, IRISSO/CNRS-Université Paris Dauphine) “A zona cinzenta do assalariamento: os contornos da legalidade”
Segundo dia: 24 de fevereiro
09:30 horas
3 – Ilegalismos populares, práticas urbanas e a questão da violência
Coordenador : Gabriel Kessler (Universidade Nacional General Sarmiento)
Comentadora: Cibele Saliba Rizek (Universidade de São Paulo)
Expositores:
Marielle Pepin-Lehalleur (CNRS-Université Paris III, CREDAL). Entre necesidad, obligación y oportunidad, « hacer uno su lucha ». Discursos y prácticas populares en la Ciudad de México
Gabriel Feltran (UFSC). A gestão da violência nas periferias de São Paulo: interações entre "mundo do crime", polícias e justiça estatal
Vera Telles (USP). Nas dobras do legal-ilegal: ilegalismos populares e relações de poder
Hélène Rivière d’Arc (CNRS – Universidade Paris III, CREDAL). Savoir-faire dans l'accès illégal au logement dans les métropoles de Mexico et de São Paulo
14: 30 horas
4 – Gestão da insegurança e gestão dos riscos: entre dispositivos de participação popular e formas de controle
Coordenador: Christian Azaïs ((Universidade de Picardie Jules Verne & IRISSO, Universidade Paris Dauphine)
Comentador: Fernando Salla (Núcleo de Estudos da Violência, Nev-USP)
Expositores:
Arturo Alvarado (Colegio de México). Taxonomía comparada de organizaciones coercitivas no- estatales y estatales en México y Brasil
Julien Rebotier (Universidade Paris III, CREDAL). La construcción social y la gestión de la “inseguridad urbana” en Caracas
Lucas de Melo Melgaço (USP). Quando a busca por segurança cria novas violências
Márcia Leite (UERJ). Insegurança e estigmas nas margens da cidade
Gabriel Kessler (Universidade Nacional General Sarmiento). Sentimento de insegurança: objeto de conhecimento, de disputa ou invenção mediática?
18 horas – Depoimentos e debates
Tema: Violência policial – experiências, embates, políticas
Coordenadora: Alessandra Teixeira (USP/IBCCRIM)
Participantes:
Marisa Fefferman – Comitê contra a criminalização da criança e do adolescente e membro do Tribunal Popular
Francilene Gomes Fernandes - Familiar de vítima de violência policial e membro do Tribunal Popular
Débora Maria da Silva - representante do movimento "Mães de Maio"
Milton Barbosa - Movimento Negro Unificado e membro do Tribunal Popular

Um comentário:

Anônimo disse...

o Cara que montou a imagem dos paíes com suas respectivas nações tem que ter uma mínima ignorância pra não dizer ao contrário de mínima..colocar a bandeira do Paraguai no território do Uruguai e vice-versa, cá pra nós.. ÉÉÉ MUITOOO BURRO!, pior quem colocou isso no site....

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