sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Justiça acerta parceria para lutar contra violência doméstica na Capital

O Juizado Especial Criminal de Santo Antônio de Lisboa, na Capital, e a Casa da Mulher Catarina, órgão com mais de 20 anos na defesa de direitos da mulher, acabam de acertar parceria para o enfrentamento da violência doméstica na Capital.
Com os recursos provenientes das multas aplicadas pelo Juizado Especial Criminal, resultante das transações criminais, a Casa da Mulher Catarina começou a capacitação dos 620 Agentes de Saúde Comunitários de Florianópolis, através de seminários que abordam aspectos da violência (históricos, culturais, aceitabilidade, saúde, tratamento legal, etc), de direitos humanos e questões raciais.
Até o momento, já participaram 350 agentes, em cinco encontros. A intenção, até o final deste mês, é concluir a capacitação através de mais dois encontros, marcados para ocorrer nos distritos de Rio Tavares e Santo Antônio de Lisboa.
Os valores repassados pelo Juizado Especial, além de garantir o pagamento das despesas dos encontros, banca também a campanha de divulgação “A Violência Doméstica Dói em Todo Mundo”. Uma das peças da campanha, aliás, circulará pelo período de um mês em diversos ônibus do transporte coletivo da Capital, através da mídia conhecida como “bus dor”. 
Os participantes dos encontros também recebem folders explicativos sobre a violência, assim como um kit com camiseta, bolsa de pano para supermercado, caneta e boné, todo material alusivo ao combate a violência doméstica.
A organização dos encontros e da campanha está sob responsabilidade da doutoranda da UFSC Patrícia Alves de Souza. O juiz Vilson Fontana, que dirige a Unidade Judiciária de Santo Antonio de Lisboa, um dos palestrantes dos encontros, destaca que é importante esclarecer os agentes sobre aspectos da violência doméstica, pois eles lidam diretamente com as vítimas e agressores, quando de suas visitas aos domicílios.
“Com a ajuda dos agentes muitas mulheres poderão buscar esclarecimentos dos seus direitos e dos locais onde é possível reclamá-los, como Delegacia, Ministério Público e o próprio Judiciário”, conclui Fontana.


Fonte: Poder Judiciário de Santa Catarina

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