quinta-feira, 18 de junho de 2009

Tráfico infantil para fins sexuais é associado a altas densidades populacionais

Considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a terceira atividade ilícita mais lucrativa do mundo, a exploração sexual é ainda mais grave quando realizada contra crianças e adolescentes. A situação se agrava mais com o tráfico para fins sexuais, que tem sido associado a cidades com certos perfis; que sejam cidades fronteiriças, com alta densidade populacional, com mobilidade humana de homens imigrantes e cidades de trânsito de emigrantes.

Algumas das causas que dão origem à exploração sexual comercial infantil são a existência e o crescimento das redes do crime organizado; a violência familiar, as situações de exclusão social e a insuficiência de ações legais, de controle e de atenção ao problema, entre outros fatores.


O Protocolo Complementar para Prevenir, Reprimir e Sancionar o Tráfico de Pessoas para Fins Sexuais define esse tráfico como a captação, o transporte, o traslado, a acolhida ou a recepção de uma criança com fins de exploração sexual ou laboral. Considera-se tráfico de pessoas ainda que não se recorra a ameaças ou ao uso da força ou outras formas de coerção.

O traficante de pessoas sempre busca o desarraigamento da criança ou do adolescente por meio do sequestro, enganos para obter melhores condições de vida ou de trabalho, ou coerções sobre meninas, meninos e adolescentes vulneráveis. Os aliciadores perambulam por ponto de parada de caminhões, praças públicas e outros locais onde se identifica a população jovem que chega a uma capital em busca de trabalho.

O tráfico de pessoas arrecada anualmente cerca de 32 bilhões de dólares. Em 2005, calculava-se que, no âmbito mundial, 2,4 milhões de vítimas de tráfico de pessoas estiveram trabalhando em condições de exploração, segundo manifestou a Organização Internacional de Migrações. Em todo o mundo, cerca de quatro milhões de mulheres e meninas são vendidas a cada ano para serem submetidas à escravidão e à prostituição.

Apenas em 2002, afirma um estudo da Unicef, 1,2 milhões de crianças foram traficadas internacionalmente com fins de exploração sexual ou laboral. Mais recentemente, na América Latina, dois milhões de meninas, meninos e adolescentes foram vítimas da exploração sexual comercial e laboral, dentro e fora das fronteiras de seus países de origem.

Para dar resposta a essas situações, a organização Visão Mundial do México propõe a formulação de políticas públicas integrais a partir de um enfoque dos direitos destinados a diminuir as causas ou fatores do tipo econômico, jurídico, social e cultural que favorecem a exploração sexual infantil (ESI).

A Visão Mundial considera a ESI como uma forma de escravidão moderna porque as meninas, os meninos e adolescentes não possuem direitos ante o explorador. A ESI degrada a integridade física e emocional das crianças e causa lesão profunda em sua dignidade.

A Visão Mundial do México faz parte da Confraternidade Internacional da World Vision, organização fundada em 1950 e que, atualmente, possui presença em mais de 100 países em três linhas básicas: desenvolvimento transformador; promoção da justiça; e prevenção, emergência e reabilitação para responder ante desastres e conflitos nas regiões que assim o requerem, independentemente da religião, raça, grupo étnico ou gênero.

Com informações da Visão Mundial do México. Adital.


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