quinta-feira, 18 de junho de 2009

Pesquisa aponta perfil de crianças e adolescentes no mercado de trabalho

As meninas fazem trabalhos domésticos e os meninos trabalham no comércio, de modo geral. Possuem, em média, 12 anos, ganham $5 mil por semana, trabalham cerca de quatro horas diárias e a maioria estuda. O perfil das crianças e dos adolescentes que trabalham no Chile foi divulgado na semana passada pelo Vicariato da Pastoral Social e dos Trabalhadores, após 13 anos de investigação.

A pesquisa foi realizada com cerca de oito mil crianças e adolescentes através do "Programa de Apoio e Acolhida de Meninos, Meninas e Adolescentes Trabalhadores". Os resultados apontam que seus pais possuem empregos precários, baixa escolaridade e vivem em situação de pobreza, situação que lhes obriga a trabalhar para ajudar a família.

O Vicariato e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) sistematizaram os dados a partir de questionamentos como "O que querem e o que sonham os meninos e as meninas que trabalham?". E as respostas são enfáticas: "Trabalhar é tarefa dos adultos".

O alerta vem da pesquisa, que aponta um dado preocupante: a grande maioria das crianças entrevistadas cursa entre a 4ª e a 6ª série do Ensino Básico. Dentre os adolescentes, alguns abandonam a escola no 3º e no 3º ano do Ensino Médio. 85% dos meninos e das meninas entrevistados trabalham permanentemente.

Segundo o Vicariato, o programa da entidade tem contribuído para a erradicação de 4,6% do trabalho de crianças e adolescentes e diminuído as horas de trabalho em 10,8%. A entidade adotou uma política de não estigmatizar, nem perseguir as crianças, os adolescentes e seus pais.

O objetivo da entidade é de reduzir a carga horária e aumentar o tempo de estudo gradativamente. O Vicariato criou uma rede de apoio através do qual as crianças e os adolescentes trabalhadoras trocam experiências entre si e com colegas de escola que não trabalham, sensibilizando-se com relação a seus direitos.

Adital.


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