terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Profissional Sueco!!!

Este texto foi escrito por um brasileiro que vive na Europa...é
>interessantíssimo e você vai gostar muito do que você vai tomar
>conhecimento!!!
>Que possamos aproveitar a experiência e refletir sua aplicação em
>nossa vida profissional e até mesmo pessoal.
>
>

> Já vai para 16 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca.
>Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante.
>Qualquer projeto aqui demora 2 anos para se concretizar, mesmo que a
>idéia seja brilhante e simples. É regra.
> Então, nos processos globais, nós (brasileiros, americanos,
>australianos, asiáticos) ficamos aflitos por resultados imediatos, uma
>ansiedade generalizada. Porém, nosso senso de urgência não surte
>qualquer efeito neste prazo.
> Os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões,
>ponderações. E
>trabalham num esquema bem mais "slow down". O pior é constatar que, no
>final, acaba sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da
>tecnologia e da necessidade: bem pouco se perde aqui.
> E vejo assim:
> 1. O país é do tamanho de São Paulo;
> 2. O país tem 2 milhões de habitantes;
> 3. Sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (compare com
Curitiba, que tem 2 milhões);
> 4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux,
>ABB, Nokia, Nobel Biocare... Nada mal, não?
> 5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores
>para os foguetes da NASA.

> Digo para os demais nestes nossos grupos globais: os suecos podem
>estar errados, mas são eles que pagam muitos dos nossos salários.
>Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo,
>que tenha mais cultura coletiva do que eles.

> Vou contar para vocês uma breve só para dar noção.

> A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me
>pegava no hotel toda manhã. Era setembro, frio, nevasca.. Chegávamos
>cedo na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada
>(são 2.000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada,
>no segundo, no terceiro...

> Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã, perguntei:
>"Você tem lugar demarcado para estacionar aqui?
> Notei que chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o
>carro lá no final."

> Ele me respondeu simples assim: "É que chegamos cedo, então
>temos tempo de caminhar - quem chegar mais tarde já vai estar atrasado,
>melhor que fique mais perto da porta. Você não acha?"

> Olha a minha cara! Ainda bem que tive esta na primeira. Deu para
>rever bastante os meus conceitos.

> Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow Food. A Slow
>Food International Association - cujo símbolo é um caracol, tem sua
>base na Itália (o site, é muito interessante. Veja-o!). O que o
>movimento Slow
>Food prega é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo, no convívio com a família, com
>amigos, sem pressa e com qualidade.

> A idéia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o que
>ele representa como estilo de vida em que o americano endeusificou. A
>surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food está servindo
>de base para um movimento mais amplo chamado Slow Europe, como salientou a revista Business Week numa edição européia.

> A base de tudo está no questionamento da "pressa" e da "loucura"
> gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em
>contraposição à qualidade de vida ou à "qualidade do ser".
> Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora
>trabalhem menos horas (35 horas por semana) são mais produtivos que
>seus colegas americanos ou ingleses.

> E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de
>28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%.
> Essa chamada "slow atitude" está chamando a atenção até dos
>americanos, apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já).

> Portanto, essa "atitude sem-pressa" não significa fazer menos,
>nem ter menor produtividade.

> Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade"
> e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos detalhes
>e com menos "stress".

> Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo
> livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e
>concreto em contraposição ao "global" - indefinido e anônimo.

>Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e
>da fé.
>
> Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais
>"leve" e, portanto, mais produtivo onde seres humanos, felizes, fazem
>com prazer, o que sabem fazer de melhor.
>
> Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou ainda "A
>pressa é inimiga da perfeição" não merecem novamente nossa
>atenção nestes tempos de desenfreada loucura?
>
> Será que nossas empresas não deveriam também pensar em
>programas sérios de "qualidade sem-pressa" até para aumentar a
>produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a
>necessária perda da "qualidade do ser"?
>
> No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível, em que
>um personagem cego, vivido por Al Pacino, tira uma moça para dançar e
>ela responde: "Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos
>minutos." _"Mas em um momento se vive uma vida" - responde ele,
>conduzindo-a num passo de tango. E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.
>
> Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que
>só alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim.. Para outros, o
>tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se esquecem de
>viver o presente, que é o único tempo que existe.
>
> Tempo todo mundo tem, por igual! Ninguém tem mais nem menos que
>24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo.
>Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse John
>Lennon: "A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o
>futuro"...
> Muitos não lerão esta mensagem até o final, porque não
>podem "perder" o seu tempo neste mundo globalizado. Pense e reflita,
>até que ponto vale a pena deixar de curtir sua família, seus amigos,
>sua vida. De ficar com a pessoa amada, ir pescar no fim de semana ou
>outras coisas simples de fazer que sempre adiamos... esquecemos do
>presente para pensar no futuro que muitos nem chegarão nele...então
>pra que se preocupar com o que não existe ainda....
>Aproveite hoje, amanhã ... Poderá ser tarde demais!
> Saber aprender para sobreviver...

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