O Conselho de Disciplina da Polícia Militar decidiu expulsar da corporação o cabo William de Paula e o soldado Elias Gonçalves da Costa Neto, envolvidos na morte do menino João Roberto Amorim, 3, que há seis meses teve o carro onde estava com a mãe e o irmão metralhado. A resolução sobre o caso saiu no Boletim da PM de sexta-feira (9).
Segundo a corporação, a decisão foi tomada pelo comandante-geral, coronel Gilson Pitta. No boletim consta que Alessandra Amorim Soares, mãe de João Roberto, estava com seus dois filhos em seu Palio na rua Uruguai, na Tijuca (zona norte), quando teve o carro atingido por vários disparos feitos por policiais.
O advogado de William de Paula, Maurício Neville, entrou com uma ação para tentar anular a medida, na Vara de Fazenda Pública. Neville também vai pedir uma auditoria militar para a apuração dos fatos.
"Se ele foi absolvido no processo penal, por que ele vai ser expulso da corporação? Será que é só para satisfazer a vontade do governador?", disse Neville.
Em dezembro do ano passado, William de Paula foi condenado a sete meses de prisão por envolvimento no caso, mas absolvido pela morte do menino. Apesar disso, a PM tem autonomia de executar uma punição administrativa e expulsá-lo da corporação.
Após o julgamento, o cabo foi solto do Batalhão Especial Prisional, onde estava detido, e voltou ao trabalho. Na ocasião, o governador Sérgio Cabral (PMDB) não se conformou com a decisão e pediu providências a corporação: "Ele não serve para ser policial. Espero que a PM puna", disse o governador, se referindo ao PM William de Paula. O soldado ainda não foi julgado.
Folha de São Paulo.
O Sistema Judiciário não fez nada em relação ao caso, absolvendo os referidos policiais. Mas a Polícia Militar os expulsa da corporação. Parabéns pela decisão, pois isso é o mínimo que poderia ser feito neste caso. Este fato mostra que nem tudo está perdido.
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