segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

60 anos da Declaração dos Direitos Humanos

No próximo dia 10 de dezembro será comemorado no mundo inteiro 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos. Há muito que ser festejado . Houve um significativo avanço legislativo no que se à dignidade da pessoa humana, acesso à justiça e mecanismos de proteção judicial proporcionado mais cidadania e justiça ao povo.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do idoso, a Lei Maria da Penha, o combate à todas as formasdiscriminação são exemplos de avanços, ainda que muito ainda precise ser feito para corrigir distorções.

Mas a notoriedade que os Direitos Humanos adquiriram não aconteceu repentinamente. Foi e ainda é um processo lento que ainda cresce e se desenvolve ganhando espaços cada vez maiores na sociedade.

Se recordarmos o período da Ditadura Militar, ocorrido há cerca de 40 anos, constataremos a ausência de liberdade para pensar, a proibição dirigida a algumas religiões e partidos políticos impedidos de terem adeptos.

O indivíduo, na época, não podia exercitar sua condição de cidadão, partícipe e colaborador na decisões sobre o futuro das cidades, dos estados e do país. A censura prévia da imprensa e as receitas de bolo publicadas nas capas do jornais, impactavam a dignidade das pessoas.

De acordo com Roberto Bacellar, diretor da Escola da Magistratura do Paraná e membro do Conselho Estadual de Direitos Humanos, esse período foi muito ruim para os brasileiros mas do conflito pode advir transformações construtivas como foi a união entre as pessoas para procurar as mudanças necessárias.

"Uma nova ditadura como a de 1964 não mais acontecerá pois a população é hoje muito mais consciente dos seus direitos e deveres como cidadão. A evolução dos Direitos Humanos é visível no mundo inteiro, mesmo que ainda tenhamos muito o que fazer, o senso de coletividade e cidadania já está arraigado na sociedade. Ainda será preciso despertar esse mesmo sentimento de cidadania nas crianças e nos jovens doressalta o diretor.

Para se chegar a uma sociedade na qual todos os direitos humanos são respeitados é necessário que todos procurem esta melhoria em conjunto. Não basta apenas cobrar das bases governamentais, instituições religiosas, OSCIPs ou ONGs, é preciso que toda a comunidade lute para que possamos continuar nesta verdadeira e crescente escalada de desenvolvimento e evolução.

O Estado do Paraná, Direito e Justiça, 30/11/2008.

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