quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Especialistas divergem sobre responsabilidades para acabar com exploração sexual de crianças

Rio de Janeiro - A divisão de responsabilidades sobre o enfrentamento à exploração sexual de crianças foi o principal foco de especialistas e ministros em entrevista concedida hoje (26), no 3º Congresso Mundial de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que se realiza no Rio até a próxima sexta-feira (28).

A diretora do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Anne Veneman, disse concordar com o presidente Lula, que falou na responsabilidade da mídia em seu discurso de abertura do evento. “Concordo que, atualmente, nós não temos um conteúdo na mídia que promova o crescimento da criança. Estamos expostos a conteúdo pornográfico na televisão, no celular, no computador. E isso estimula, sim, a exploração sexual infantil”, afirmou Veneman. Segundo ela, “somente quando dermos plena visibilidade a essas questões poderemos tratar delas como devem ser tratadas”.

Já a presidente da Articulação Internacional contra Prostituição, Pornografia e Tráfico de Crianças e Adolescentes (Ecpat), Amihan Abueva, chamou a atenção para o papel dos governos de cada país. “Nós esperamos de qualquer governo que eles participem ativamente desse congresso e, quando forem para casa, apliquem o mais rápido possível as coisas que forem definidas no documento final do evento”, declarou.

Já o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Paulo Vannuchi, disse que “é necessário que haja responsabilidade corporativa das empresas”. “Só o governo não vai dar conta”, completou Vannuchi.

Agência Brasil.

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