sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Traficante é mantida presa em casa por pesar 315 kg

Obesidade mórbida e tumor de 30 kg na perna direita fizeram com que a polícia não retirasse Cassiana Alves de casa. A mulher comandava o tráfico com a ajuda de um moto-taxista e dois adolescentes.

A obesidade mórbida da líder do tráfico de crack em Santo Antônio da Platina, Norte Pioneiro do estado, obrigou a polícia a mantê-la em prisão domiciliar. Cassiana Alves, de 27 anos e 315 kg, não tem condições de se locomover até a delegacia e teve de ser interrogada em casa, na última terça-feira (6). A mulher faz parte do grupo 19 pessoas presas em sete municípios do Norte Pioneiro e em Foz do Iguaçu, no dia 18 de setembro, durante operação batizada de Nova Dantzig.

De acordo com o delegado chefe do Denarc em Londrina, Michael Araújo, a traficante admitiu que comercializava aproximadamente 200g em pedras de crack por semana, o que lhe rendia aproximadamente R$ 10 mil semanais . A quadrilha toda lucrava cerca de R$ 200 mil por semana com o tráfico, segundo a polícia.

Cassiana mora com a mãe, irmãs e sobrinhos e comandava o tráfico sem sair da sua cama. Ela tem um tumor na perna direita, de aproximadamente 30 kg, que a impede de andar. De acordo com o delegado, a traficante recebia a droga do “gerente regional” da quadrilha em Cambé, Paulo Aurélio. Ele enviava a droga até a sua residência pelo moto-taxista Anderson Aparecido Cardoso. A mulher usava os serviços de dois adolescentes, que revendiam o crack na cidade. Em seu depoimento à Dnarc, Cassiana alegou que traficava drogas por não ter condições de trabalhar e ajudar no sustento da família.

Investigação

A operação “Nova Dantzig” deteve 19 pessoas em sete municípios do Norte Pioneiro e em Foz do Iguaçu, no dia 18 de setembro. Todos já tiveram a prisão preventiva decretada. Somente Cassiana cumpre a pena em regime de prisão domiciliar, devido a sua situação. Segundo o delegado Araújo, oficiais de justiça vão semanalmente à casa da mulher verificar se ela não voltou a traficar. Caso isso aconteça, ela pode ser transferida para um presídio ou manicômio judicial.

Todos os envolvidos estão sendo processados em inquérito policial por tráfico e associação com tráfico de drogas. Se condenados, a pena para esses casos varia entre cinco e 10 anos de prisão.

Gazeta do Povo.

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