sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Europa tem 8% de trabalhadores abaixo da linha da pobreza

Um estudo divulgado pela Comissão Européia nesta sexta-feira aponta que 8% dos europeus empregados viviam abaixo da linha de pobreza em 2006.

O relatório, que marca o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, afirma que 16% dos europeus estavam ameaçados pela pobreza no mesmo ano.

“A pobreza em situação de trabalho é uma questão cada vez mais preocupante na maioria dos Estados membros. Em 2006, 8% dos cidadãos da União Européia com emprego viviam abaixo do limiar da pobreza, enfrentando dificuldades em participar plenamente da sociedade”, diz o documento, que define o limiar da pobreza como os rendimentos abaixo de 60% do salário médio do país.

O estudo mostrou que a taxa de trabalhadores na pobreza variava segundo o país, chegando a 4% na República Tcheca, Bélgica, Dinamarca, Países Baixos e Finlândia, 13% na Polônia, e 14% na Grécia.

A pobreza em situação de trabalho estava associada a salários baixos, baixa qualificação, emprego precário e, muitas vezes, a trabalho voluntário.

O relatório da Comissão Européia ainda afirma que 9,3% dos europeus em idade ativa (dos 18 aos 59 anos) moravam em residências onde nenhum dos moradores estava empregado.

Pobreza infantil

As famílias com crianças são, geralmente, as mais afetadas pelo desemprego no bloco, levando o estudo a concluir que as crianças são as que mais correm risco de pobreza na União Européia.

Segundo o relatório, o risco de pobreza entre crianças ocorre em todos os países da União Européia, com exceção dos nórdicos, Grécia, Chipre e Eslovênia.

Os principais fatores que afetam a pobreza infantil são a situação no mercado de trabalho dos pais e a eficácia da intervenção governamental através de benefícios sociais.

O estudo indica que os benefícios sociais diminuíram o risco de pobreza em até 38% em média em todos os países da União Européia.

O documento, no entanto, também registrou avanços no nível de emprego entre as pessoas mais velhas. Em 2007, 45% desses trabalhadores estavam trabalhando, em comparação a 37% em 2001.

Ainda segundo o relatório, a expectativa de vida no bloco aumentou nos últimos 20 anos. Em 2006, o tempo médio de vida para os cidadãos do bloco era de 82 anos para mulheres e 76 anos para homens, um ganho de quatro e cinco anos, respectivamente nas últimas duas décadas.

BBC Brasil.

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