terça-feira, 2 de setembro de 2008

Universitários protestam contra violência sexual em república no PR

O estupro de uma estudante dentro de uma república estudantil, em Bandeirantes (409 km de Curitiba), motivou um protesto de universitários que fechou o comércio da cidade por uma hora e meia na tarde desta segunda-feira.

A manifestação foi organizada por estudantes da Uenp (Universidade Estadual do Norte do Paraná).

Na última sexta-feira (29), uma estudante de 18 anos da universidade foi estuprada após invasão à república onde mora. Ela denunciou o caso à Polícia Civil, que prendeu um suspeito, de 21 anos.

"A violência sexual é preocupante, não foi o primeiro caso", disse o estudante de agronomia Gustavo Zacante, 24, um dos organizadores do protesto. A manifestação reuniu 1.500 pessoas e teve apoio dos comerciantes de Bandeirantes, que paralisaram o comércio entre 13h e 14h30 de hoje.

"Esse foi o primeiro caso de estupro comunicado à polícia, e o suspeito já está preso. Há alguns meses tivemos notícia de outro estupro, mas não houve denúncia e é difícil agir sem colaboração da vítima", afirmou o delegado Alessandro Luz.

Exames deverão indicar se o suspeito preso cometeu violência sexual contra a estudante. O pai da vítima --que pediu para não ser identificado-- disse à Folha que sua filha reconheceu o suspeito durante acareação.

Além da Uenp, Bandeirantes tem outra universidade particular e abriga cerca de 2.500 estudantes, quase 10% da população de 33.729 habitantes do município. A maior parte dos estudantes é do interior paulista e do Paraná, e vive nas cerca de 350 repúblicas estudantis da cidade.

O diretor do campus de Bandeirantes da Uenp, Eduardo Rando, disse que a violência contra estudantes é motivo de preocupação na universidade. "O problema é que as invasões e crimes ocorrem fora do campus, e não temos controle sobre isso."

Folha de São Paulo.

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