quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Gil Rugai é transferido para prisão; defesa tenta liberdade no TJ

O ex-seminarista Gil Rugai, acusado de matar o pai e a madrasta em 2004 e detido na terça-feira (9), foi transferido na noite de ontem para o CDP 2 (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros (zona oeste de São Paulo). A defesa de Rugai deverá entrar com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo na tarde desta quarta-feira.

"Impetrarei o habeas corpus com pedido de liminar tendo em vista que o juiz não trouxe nenhuma fundamentação legal que justificasse a decretação da preventiva", disse o advogado do réu, Fernando José da Costa.

"Acredito que o TJ, se analisar a lei, sem duvida nenhuma verificará que essa prisão é ilegal", completou o defensor.

Após ter ficado preso por dois anos, Rugai estava em liberdade desde junho de 2006 por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal). Depois da exibição da reportagem, na segunda-feira (8) o Ministério Público Estadual entrou na Justiça pedindo sua prisão preventiva, decretada ontem pelo juiz Rogério Monteiro de Oliveira, do 5ª Vara do Tribunal do Júri de São Paulo (leia decisão na íntegra).

Entenda o caso

O empresário Luiz Rugai e sua mulher, Alessandra, foram assassinados a tiros em casa, em Perdizes (bairro nobre da zona oeste de São Paulo) em 2004.

A investigação da polícia apontou vários indícios contra Gil Rugai. Exames realizados em uma marca de sapato deixada na porta da sala de vídeo --onde o empresário teria tentado se esconder e que foi arrombada-- apontara que quem arrombou a porta teria lesões no pé. O IC (Instituto de Criminalística) realizou então exames de ressonância magnética da planta do pé de Gil, que apontaram tais lesões.

Além das provas colhidas na casa, a polícia levantou a hipótese de o crime ter ligação com o afastamento de Gil da empresa do pai, a Referência Filmes. O ex-seminarista estaria envolvido em um desfalque de cerca de R$ 100 mil na empresa e, por isso, teria sido demitido de seu departamento financeiro. A madrasta, segundo o gerente do banco onde a Referência Filmes tinha conta, proibiu que ele a movimentasse.

Folha de São Paulo.

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