O relatório sobre o índice de homicídios no primeiro semestre de 2008 em El Salvador, elaborado pelo Observatório Centro-americano sobre Violência, revelou uma queda no número de assassinatos no país em relação ao mesmo período de 2007. Nos primeiros seis meses de 2008, foram registrados 1.545 casos de homicídios, enquanto que, no mesmo período de 2007, foram 1.734 ocorrências.
A taxa de redução do número de homicídios também diminuiu na comparação do primeiro com o segundo trimestre de 2008: a queda foi de 5,9%. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes ficou em 26,9%. A região de San Salvador foi a que apresentou a maior taxa, ficando com 32,3% do total.
No dia 25 de junho deste ano, foi lançada a campanha "Menos armas, mais vida" com o objetivo de reduzir os níveis de violência em todo o país. Só em 2007, foram assassinadas 3.491 pessoas. A campanha tem o apoio do Conselho Nacional de Segurança Pública (CNSP), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e de autoridades municipais.
As estimativas do Pnud dão conta de que mais de 450 mil armas de fogo circulem no país. Segundo dados do Instituto de Medicina Legal e da Polícia Nacional Civil, mais de 80% dos delitos e homicídios em 2007 foram praticados com armas de fogo. Além disso, as pessoas que tentaram se defender de um assalto a mão armada morreram em uma proporção 48 vezes maior que pessoas que não tentaram se defender.
Em El Salvador, investe-se 7,12% do orçamento da rede hospitalar nacional em atender as conseqüências do uso de armas, sendo o custo por paciente ferido por arma de fogo 4,3 vezes maior que o custo de atendimento a outras doenças. Em 2003, um relatório do Pnud revelou que os custos econômicos da violência em 2003 alcançaram um montante equivalente a 11,5% do PIB. Isso corresponde a uma carga econômica que é quase o triplo do montante de recursos que seriam necessários para garantir a cobertura universal em serviços sociais básicos à população salvadorenha.
Adital.
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