sábado, 2 de agosto de 2008

Polícia já tem retrato falado de suspeito de sumiço de chinesa




RIO - Uma testemunha fez o retrato falado de um homem que estaria envolvido no sumiço da chinesa Ye Guoe, de 35 anos, que teria trocado R$ 220 mil por US$ 130 mil pouco antes de desaparecer, em 17 de julho no Shoppping Downtown, na Barra da Tijuca, segundo o RJTV. De acordo com o RJTV, o acusado teria cerca de 1,70m de altura e cabelos escuros.

O depoimento da testemunha coincidiria com as informações dadas pelo taxista que transportava a chinesa no momento em que o carro em que estavam teria sido abordado pelos bandidos. Policiais civis são suspeitos do crime. Ao abordar o táxi, os quatro homens que teriam levado a chinesa teriam apresentando distintivos semelhantes aos da Polícia Civil, de acordo com o depoimento do taxista. Segundo o taxista, eles estariam num dos carros da polícia usados durante os Jogos Pan-Americanos.

Em depoimento à polícia, um dos proprietários da casa de câmbio em que a chinesa teria trocado R$ 220 mil por US$ 130 mil pouco antes de desaparecer negou que a chinesa tenha trocado a quantia na Zaav , conforme afirmou sábado o marido da desaparecida, o chinês Chen Chien Hou, de 34 anos. De acordo com o delegado Rafael Willis, o dono da casa de câmbio disse que a chinesa esteve no local para beber um copo d'água.

Policiais da 16ª DP chegaram a interditar as empresas Zaav Câmbio e Turismo e Factoring Din Din, que funcionam no Shoppping Downtown, na Barra da Tijuca. A Zaav foi o último local onde a chinesa foi vista antes de desaparecer. Segundo o RJTV, pelas regras do Banco Central, uma pessoa só pode fazer operações de câmbio de até US$ 3 mil em espécie.

A polícia suspeita que a família esteja escondendo informações sobre o caso e afirma que há várias contradições no caso.

Em depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca), o chinês Chen Chien Hou disse que teria inventado que sua mulher, Ye Guoe, de 35 anos, sacou US$ 130 mil antes de desaparecer . De acordo com o advogado, o chinês não sabe a quantia e teria inventado o valor a conselho de um outro colega chinês, para chamar a atenção da polícia. Chen teria tomado a atitude depois que a Delegacia Anti-Seqüestro (DAS) teria informado que só investigaria o caso se houvesse pedido de resgate.

Em seu depoimento à polícia, porém, o chinês deu duas versões diferentes sobre a origem dos dólares. Primeiro, disse que se tratava de economias que seriam enviadas a parentes na China. Depois, voltou atrás, garantindo desconhecer a procedência do dinheiro. A contradição intrigou os agentes.

A polícia descobriu que há uma empresa de importação e exportação registrada na Junta Comercial do Rio em nome da Ye Goue. Isso vai de encontro ao que o marido da chinesa havia afirmado no domingo, quando disse que a mulher era camelô.


O Globo.

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