sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Igreja canadense comemora assassinato de jovem decapitado em ônibus

O movimento religioso americano conhecido como a "igreja do ódio" deve comparecer no sábado no Canadá ao funeral de Tim McLean, 22, para aplaudir seu assassinato como um "ato de Deus". Ele foi decapitado em um ônibus em 30 de julho quando voltava para sua casa em Winnipeg.

McLean, 22, era considerado por amigos e parentes como um jovem modelo. Ele foi atacado com uma faca por Vince Weiguang Li, 40, enquanto dormia dentro do veículo.

A Igreja Batista Westboro, também conhecida como a "igreja do ódio", defendeu a morte do jovem. "Não leu como Deus enviou entre vocês um estranho monstro, como Jason de 'Sexta-feira 13', para cortar e decapitar os vizinhos?".

Em entrevista à televisão canadense CTV, a filha do fundador da Igreja Batista Westboro, Shirley Phelps-Roper, justificou que o grupo tinha planejado protestar durante o funeral de McLean ao dizer que o jovem mantinha "um estilo de vida asqueroso".

"Deus nos mandou um presente" com a brutal morte do jovem canadense, disse Phelps-Roper, que acrescentou que McLean merecia seu destino. A televisão se negou a revelar muitos dos termos que Phelps-Roper usou contra o jovem.

Depois que o motorista do ônibus parou e os passageiros deixassem apavorados o veículo, Weiguang permaneceu no interior despedaçando a vítima.

O juiz encarregado do caso ordenou o exame psicológico de Weiguang para saber se está em condições de ser processado.

Protestos

A morte de McLean ganhou notoriedade internacional pelos brutais detalhes de seu assassinato.

O movimento da "igreja do ódio" ganhou notoriedade nos últimos anos pelos protestos durante os enterros de soldados americanos mortos no Iraque.

Os integrantes, cerca de cem pessoas na maior parte ligadas por laços familiares, consideram que a morte dos soldados é obra de Deus em castigo pela permissividade dos Estados Unidos para com os homossexuais.

Além disso, a Igreja Batista Westboro está supostamente relacionado à homofobia sobretudo porque os casamentos entre pessoas do mesmo sexo são legais no Canadá. O grupo utiliza como slogan a frase "Deus odeia os gays".


Folha de São Paulo.

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