quarta-feira, 13 de agosto de 2008

23 estudantes de Direito são detidos por calote em restaurante

Grupo tentou sair sem pagar conta de R$ 1.170,29 do restaurante Lellis Tratoria

Um grupo de estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) prestou depoimento na manhã desta terça-feira (12) no 7º Distrito Policial de Curitiba por não pagar conta em um restaurante. Está marcado para o dia 3 de setembro uma audiência na Justiça entre os 23 clientes e o restaurante Lellis Tratoria para tentar um acordo no pagamento da conta de R$ 1.170,29.

Alguns dos acusados teriam alegado que eram filhos de autoridades policiais e que o “Dia do Pendura” seria lei, de acordo com relato do gerente do restaurante Marcos de Souza Silva. A data, celebrada no dia 11 de agosto, não é lei. Trata-se de uma tradição dos estudantes de Direito, que anualmente tentam comer e beber sem pagar em todo o Brasil. “Eles estudam Direito, mas não parecem conhecer muito bem as leis”, brincou um investigador que não quer se identificar por temer “represálias do grupo de filhos de gente importante”.

De acordo com o restaurante, houve uma negociação com outro grupo de dez estudantes no almoço. Eles teriam ligado para reservar mesas para celebrar a data com um almoço no tradicional restaurante, localizado no bairro Batel. Foi feito um acordo e os estudantes foram desobrigados de pagar pela comida.

Por volta das 19h30, outros estudantes foram até o restaurante. A princípio, separados, mas depois juntaram as mesas e pareciam ser amigos, segundo Marcos. O gerente percebeu a possibilidade de calote e disse que tentou negociar com os estudantes. Eles confirmaram que não pagariam. “Um deles subiu na cadeira e começou a cantar o hino nacional. A casa estava lotada e os outros clientes davam claros sinais de estarem aborrecidos”, conta Marcos.

Por volta das 0h30, a casa trancou as portas e chamou a polícia. Sete carros da Polícia Militar e um microônibus foram até o local encaminhar os acusados para o Centro de Atendimento ao Cidadão Sul (Ciac Sul), onde policiais do 7º DP prestavam plantão.

O impasse se arrastou até as 6h. Todos prestaram depoimento e assinaram Termo Circunstanciado – instrumento de registro de “crimes menores -, de acordo com a polícia. A Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel) não registrou outros casos de calote em Curitiba.


Fonte: João Varella - Gazeta do Povo

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